O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, informou ao Canal Rural ter recebido por e-mail a confirmação sobre a visita do Departamento de Inspeção Federal dos Estados Unidos aos frigoríficos brasileiros. Segundo ele, os técnicos norte-americanos chegam ao Brasil no dia 27 de agosto e devem visitar pelo menos quatro indústrias até o final da visita marcado para 5 de setembro.

O objetivo é verificar se os procedimentos de fiscalização nas unidades exportadoras foram adaptados às exigências impostas pelos norte-americanos. A visita faz parte do acordo feito em Washington entre os representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos no dia primeiro de agosto.

Recentemente, os norte-americanos identificaram diferenças em alguns critérios utilizados pelo Serviço de Inspeção do Brasil em relação aos procedimentos adotados naquele País. As indústrias exportadoras decidiram suspender os embarques para os Estados Unidos como forma de precaução, até que todas as auditorias sejam concluídas.

Antes da chegada da missão dos Estados Unidos, o governo brasileiro deve concluir um cronograma de trabalho para finalizar os ajustes. Entre as tarefas, estão auditorias nos 22 frigoríficos habilitados para exportação. A segunda etapa, que deve ocorrer na segunda, dia 18, é o treinamento dos técnicos do Mapa e das empresas privadas. Em seguida, o Ministério da Agricultura deve publicar portarias oficializando mudanças nos procedimentos técnicos no Serviço de Inspeção Federal.

Todas estas providências serão relatadas aos norte-americanos antes mesmo da chegada da missão ao Brasil. De acordo com Kroetz, os técnicos norte-americanos devem escolher uma amostra de 4 ou 5 empresas que serão visitadas por eles.

– Estamos confiantes de que logo nosso sistema já será considerado equivalente ao norte-americano – disse o secretário.

Kroetz informou que um parecer dos norte-americanos deve ser apresentado no encontro final da visita. Até lá, as exportações de carne industrializada para os Estados Unidos permanecem suspensas. Ele destacou no entanto que não há motivo para preocupação porque este mercado de carne industrializada representa apenas 3% do total das exportações brasileiras do produto.

O secretário participa em Salvador do Elanco Summit, um encontro que reúne lideranças e consultores do Brasil e do Exterior sobre as perspectivas para o setor de carnes no Brasil e para a indústria de saúde animal.