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 | 15/08/2008 03h50min

Vigilância de cemitério opõe órgãos municipais

Atuação da direção do São João e da Guarda da prefeitura recebe críticas

Um flagrante que evitou que novos túmulos do Cemitério São João, na zona norte de Porto Alegre, fossem depredados na noite de quarta-feira, foi o suficiente para que o comando da Guarda Municipal desse início a um debate sobre a responsabilidade na vigilância das lápides.

Dois dias após ter lido em Zero Hora e no Diário Gaúcho a reclamação do administrador do cemitério, Sérgio Abrahão, de que 9 mil das 14 mil sepulturas do cemitério foram mexidas por falta de segurança, o comandante da Guarda da Capital, Nilo Bottini, disse que a vigilância do local não é efetiva porque a administração não faz a sua parte.

Por volta das 21h de quarta-feira, três adolescentes foram apreendidos no cemitério. Munidos de tinta e pincéis atômicos, eles estavam prestes a danificar lápides. Os jovens — um de 17 anos e outros dois de 16 anos — foram flagrados pelos guardas entre os túmulos, com maconha e papéis de seda. A Guarda Municipal os encaminhou para o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).

Administração de cemitério diz que não quer polêmica

Para Bottini, a detenção dos vândalos é a prova de que a segurança do cemitério está sendo realizada. O comandante afirma que a segurança do São João é feita diariamente com dois guardas durante o dia e três à noite. Ele admite que o ideal seriam seis guardas no dia e outros 10 pela noite, mas reclama que a administração do São João não fez as modificações necessárias para ajudar na segurança do local. Neste ano, foram presas nove pessoas que entraram na área após as 17h, horário em que o cemitério fecha os portões.

— A segurança do cemitério deve ser conjunta. Entregamos há três anos projetos para construir cercas altas de concreto, reparar as cercas que estão danificadas, melhorar a iluminação, criar sistema de monitoramento por câmeras. Ainda nada foi feito. A administração do São João não pode colocar toda a culpa na Guarda Municipal — reclama Bottini.

Segundo Abrahão, os projetos da Guarda Municipal foram entregues há cerca de três meses e sem orçamentos.

— Os furtos vêm de mais tempo, não são de agora. E não estou aqui para competir com ninguém, apenas quero realizar meu trabalho. Não é meu interesse e nem vou entrar em polêmica com a Guarda Municipal, pois sei que eles ajudam com o que podem — diz Abrahão.

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