Um dia após sair a licença de instalação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, o presidente Lula assinou o decreto de concessão de outra hidrelétrica em Rondônia: a Usina de Jirau.  Durante a cerimônia, no Palácio do Planalto, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, fez um apelo para que os consórcios vencedores dos dois leilões parem com as disputas.

A Usina Hidrelétrica de Jirau vai produzir 1.975 mil MW de energia, que corresponde, por exemplo, a duas vezes o consumo da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O empreendimento, que integra o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) vai ter investimentos de R$ 9 bilhões.

Juntas a Usina de Jirau e de Santo Antônio vão agregar mais de 6 mil megawatts de potência instalada. Durante a cerimônia de assinatura do decreto que liberou a concessão para o Consórcio Energia Sustentável do Brasil, o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, pediu o fim das disputas entre os vencedores dos leilões.

– O país confia aos senhores essas duas obras de grande envergadura; a nação necessita dessa energia; nós todos estamos assistindo a uma disputa entre empresários. O governo brasileiro não adimitirá que os consumidores sejam prejudicados por conta de disputads entre os dois consórcios.

O ministro disse que, ainda esta semana, deve se encontrar com representantes dos dois consórcios. A Usina de Jirau foi arrematada pelo consórcio liderado pela francesa Suez Energy. Já o consórcio Madeira Energy, liderado pela Odebrecht, venceu o leilão para construção da Hidrelétrica de Santo Antônio e foi derrotada em Jirau.

A Odebrecht promete questionar na Justiça a decisão da Suez de mudar em 9 km o local onde a hidrelétrica de Jirau será construída. O presidente da Empresa responsável pela construção da usina, Victor Paranhos, evitou polêmica e garantiu que está tudo pronto para o início das obras.