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 | 08/08/2008 18h08min

Queda de matérias-primas faz Ibovespa recuar 0,76%

Com a queda de hoje, o índice acumulou perdas de 1,81% na semana

A Bovespa começou e terminou a segunda semana completa de agosto em queda. O mesmo recuo das matérias-primas (commodities) - metais e petróleo - que respondeu pela alta superior a 2% nas principais bolsas norte-americanas foi a patrocinadora da baixa de 0,76% registrada pelo Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro.

O Ibovespa caiu neste pregão 0,76%, para abaixo dos 57 mil pontos, aos 56.584,4 pontos. Com a queda de hoje, a Bolsa doméstica acumulou perdas de 1,81% na semana, de 4,91% no mês e de 11,43% no ano. Hoje, oscilou entre a mínima de 56.152 pontos (-1,52%) e a máxima de 57.146 pontos (+0,23%).

Como vem acontecendo nos pregões em que a Bovespa cai, o volume financeiro foi mais enxuto e totalizou, hoje, R$ 3,979 bilhões. Trata-se do menor desempenho desde 4 de julho (R$ 2,812 bilhões), quando era feriado nos Estados Unidos.

Em Nova York, o índice Dow Jones avançou 2,65%, o S&P subiu 2,39% e o Nasdaq teve elevação de 2,48%. A alta das bolsas norte-americanas foi sustenta pelo vigor do dólar, que empurrou os preços do petróleo para o menor nível em três meses em Nova York e ofuscou nas ações o impacto negativo de notícias desfavoráveis, entre elas o prejuízo acima do esperado da gigante hipotecária Fannie Mae.

— Não estamos certos se o vigor do dólar é em função da fraqueza do euro, realização de lucro no petróleo ou intervenção do governo; não nos importa muito e para o mercado também não, aparentemente — disse um analista.

O petróleo WTI, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, derreteu 4,02%, para US$ 115,20 por barril, menor nível desde o início de maio, com os investidores vendendo contratos de petróleo e voltando os recursos para o dólar. Os metais também caíram, por causa dos temores de recessão na Europa, mesma justificativa para o dólar avançar ante o euro.

No Brasil, o efeito da queda das commodities foi novamente desastroso. As ações da Vale e siderúrgicas caíram, assim como Petrobras, embora a estatal do petróleo tenha tido justificativas para conter as ordens de vendas. A empresa anunciou ontem mais uma descoberta de óleo leve, e hoje a compra da participação da ExxonMobil na Esso Chile Petrolera e em outras empresas chilenas associadas, enquanto os investidores ainda se animavam com o balanço que sai segunda-feira.

Analistas ouvidos pela Agência Estado estimam que a empresa terá lucro líquido de R$ 7,9 bilhões no segundo trimestre de 2008, número que, se confirmado, será o segundo maior lucro trimestral da companhia em sua história. Assim, a queda dos papéis foi menor que a do petróleo: Petrobras ON cedeu 0,77% e PN recuou 0,92%. Com a desvalorização dos metais, Vale PNA perdeu 1,50% e Vale ON caiu 1,67%.

Agência Estado
 
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