| 07/08/2008 08h07min
Um dia antes do debate a ser promovido nesta quinta pelo Clube Militar para discutir a Lei de Anistia, o presidente da entidade, general Gilberto Figueiredo, subiu o tom das críticas às declarações do ministro da Justiça, Tarso Genro — que defendeu na semana passada a punição a agentes do Estado que violaram os direitos humanos durante o regime militar —, e também atacou o PT.
Segundo o general, se o ministro "faz questão de lamber feridas", que ponha de lado as que já estão "em processo de cicatrização e volte-se para algumas mais recentes, ainda à espera de esclarecimento", por terem sido supostamente "blindadas pelo governo".
Entre essas "feridas" que, avalia, devem ser trazidas à discussão pública, Figueiredo listou o assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, o escândalo do mensalão e "os indícios de ligações de membros da cúpula governamental com as Farc".
Ao se referir às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, o presidente do
Clube Militar fez um duro ataque:
— Há uma estranha afeição dos companheiros do ministro (Tarso) com o seqestro e os seqüestradores, um dos crimes mais infames, ao lado da tortura que o ministro tanto abomina — disse.
O debate em contra-ofensiva ao evento promovido por Tarso questionando a Lei de Anistia será realizado hoje à tarde, no Clube Militar, no Rio. O encontro, intitulado "A Lei da Anistia, alcance e conseqências", contará com as palestras do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Waldemar Zveiter e do general Sérgio de Avellar Coutinho.
O ministro Tarso foi procurado, mas disse que não comentaria as declarações de Figueiredo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.