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 | 05/08/2008 17h11min

Brasil, Argentina e Venezuela reforçam integração regional

Durante evento em Buenos Aires, presidentes dos três países propuseram relançar Gasoduto do Sul

Brasil, Argentina e Venezuela deram nesta terça, dia 5, um novo sinal de unidade com uma minicúpula presidencial em Buenos Aires na qual se propôs relançar o chamado Gasoduto do Sul e incorporar na agenda regional o tema do transporte.

Em um encontro que durou pouco mais de meia hora na sede da Chancelaria, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além dos chefes de Estado da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez, concordaram em voltar a se reunir no dia 6 de setembro em Pernambuco.

O encontro foi qualificado como "muito positivo" pelas poucas vozes oficiais que informaram sobre o conteúdo da reunião, entre elas Chávez e o chanceler Celso Amorim.

– É o momento de retomar o tema do Gasoduto do Sul, que une Caracas a Buenos Aires, que tinha sido abandonado durante um tempo – ressaltou o presidente venezuelano em declarações à agência estatal argentina Télam.

Chávez falou também da necessidade “de ter conteúdo, com projetos tangíveis” à integração entre os três países.

– Concordamos sobre a necessidade de criar empresas com capital dos três países em setores como o petroquímico e o energético – defendeu.

No encontro também foi mencionada a possibilidade de criar uma ferrovia do sul, que ligue Buenos Aires a Caracas.

A embaixadora argentina na Capital venezuelana, Alicia Castro, ressaltou a importância de que o tema do transporte tenha voltado a ingressar na agenda regional.

– A possibilidade de que as Aerolíneas Argentinas (controlada pelo grupo espanhol Marsans) fique em mãos do Estado daria a possibilidade de fazer uma aliança com a linha aérea estatal venezuelana (Conviasa) e com uma empresa aérea designada do Brasil, de modo a ter nossas Aerolíneas del Sur – disse à imprensa.

O chanceler argentino, Jorge Taiana, explicou que os presidentes também tiveram a possibilidade de falar sobre a situação regional e da União de Nações Sul-americanas (Unasul).

A mini-cúpula presidencial não estava na agenda oficial dos presidentes e, inclusive, rumores indicavam que seria suspensa porque Chávez chegou atrasado à sede da Chancelaria, onde era aguardado por Cristina e Lula, que estava em Buenos Aires desde domingo, dia 3, acompanhado por boa parte de seu gabinete e cerca de 300 empresários.

Lula e Cristina presidiram nesta terça o maior fórum empresarial binacional convocado em mais de 20 anos de integração bilateral, no qual solicitaram aos homens de negócios que impulsionassem a integração e aprofundassem "a aliança produtiva" entre Argentina e Brasil.

A viagem de Lula aconteceu depois das posições divergentes do Brasil e da Argentina sobre a abertura de mercados industriais durante as frustradas negociações da Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

AGÊNCIA EFE
Agência Efe  / 

Presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, da Argentina, Cristina Kirchner e da Venezuela, Hugo Chávez durante reunião em Buenos Aires
Foto:  Agência Efe


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