Os Estados Unidos preparam novos investimentos em energia atômica e à base de carvão. A afirmação é do analista da Alf Consultoria José Zílio, segundo quem seria uma medida para garantir a segurança energética no país. Em entrevista ao Agribusiness Online nesta terça-feira, dia 5, ele ressaltou que não há no mundo matéria-prima agrícola suficiente para substituir o petróleo e o carvão.

– Mesmo nos Estados Unidos, a população começa a aceitar os riscos inerentes de usinas atômicas e vai voltar a explorar mais as minas de carvão.

No caso das fontes agrícolas de energia, Zílio projeta que o superávit de milho americano (principal matéria-prima para o etanol do país) deixará de existir em até cinco anos, elevando os preços. Na avaliação do consultor, esses valores maiores serão cobertos pela China. Com isso, os Estados Unidos deverão buscar fontes alternativas, voltando-se para as Américas.

– E o Brasil, seguramente, vai fazer grandes acordos de abastecimento de etanol, principalmente na costa lesta americana, porque é muito mais lógico mandar um navio de etanol para Nova York ou para o Golfo do México do que para a Ásia.

Ainda segundo José Zílio, o Brasil se tornará um grande fornecedor de etanol para o mercado americano, independente dos rumos que a política do país tomar a partir das eleições presidenciais deste ano, em que concorrem o democrata Barack Obama e o republicano John McCain.