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 | 07/02/2003 14h56min

Tarso Genro defende Conselho de Desenvolvimento para discutir reformas

O titular do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo Lula, ministro Tarso Genro, afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha que o grupo vai buscar consenso nas reformas tributária e da Previdência. Nesta sexta, dia 7, ele rebateu as críticas recebidas sobre o equilíbrio na representação de setores econômicos entre os membros e disse que elas fazem parte do processo de discussão que o conselho se propõe a fazer.

Tarso afirmou que a primeira pauta da reunião foi alterada na última semana, em função da pressão da sociedade para instalar a discussão das reformas tributária e previdenciária. Na próxima quinta, dia 13, haverá a instalação solene do Conselho, no Palácio do Planalto, a partir das 9h30min. Na ocasião, haverá um pronunciamento do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, e da Fazenda, Antonio Palocci, apresentando dados gerais do governo para propor uma discussão. Segundo Tarso, às 10h, o grupo pretende realizar a primeira reunião técnica.

O ministro rebateu as críticas recebidas por intelectuais e representantes de entidades do país, que afirmam que a composição do conselho está desequilibrada na sua representatividade e de que o conselho corre o risco de ser solenemente ignorado ou acabará sendo um fator de "procrastinação de decisões e exacerbação de conflitos de interesses". Tarso garante que o conselho é uma janela que o governo tem com a sociedade para discutir. Ele afirmou que o objetivo não é de representação regional ou federativa, e sim de representar as forças econômicas, políticas, e sociais da sociedade, que criam determinadas referências e opiniões.

– Cada central que está ali representa milhões de trabalhadores. A tese do conselho é colocar em dabate grandes temas com pessoas que têm representação em sua área de atuação, têm força política, comunitária e de opinião para fazer a reforma – afirmou.

O grupo é formado por 82 presentantes da sociedade e 11 do governo, mas segundo Tarso, é possível que outros líderes integrem o grupo. Ele se defendeu das críticas de que a maioria dos integrantes são empresários, afirmando que somando os representantes da comunidade civil, sindicatos e os representantes do governo, os empresários não têm maioria. Ele afirma, no entanto, que se isso ocorresse não haveria problema algum. 

– O objetivo do Conselho não é jogar classe contra classe, e sim a busca de pontos comuns, para fazer as reformas avançadas – explicou Tarso.

Em relação ao número de membros, Tarso diz que não considera o grupo grande e citou exemplos de conselhos na Europa que reúnem mais de 200 pessoas. O secretário disse que o Conselho se dividirá em grupos temáticos de no máximo 20 pessoas, para que as discussões sejam ágeis e diretas.

 
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