O dólar à vista abriu em alta de 0,09%, cotado a R$ 1,563 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A Ptax (taxa média do final do dia) desta quinta-feira será usada na liquidação dos contratos futuros de câmbio de agosto, amanhã, na BM&F. Isso pode alterar e afastar o mercado doméstico de câmbio dos fundamentos, provocando oscilações na taxa do dólar negociado à vista.

As apostas mais pesadas neste mês, na rolagem dos contratos futuros na BM&F, é de queda das cotações. Seguem firmes as perspectivas de ingresso de recursos no País. Nos últimos dias, as "posições vendidas" (aposta na queda do dólar) de investidores estrangeiros na BM&F foram aumentadas significativamente, o que sugere que a chegada desse dinheiro está sendo antecipada por meio das operações com contratos derivativos. Nos últimos dois dias o dólar à vista fechou em baixa (ontem a R$ 1,5616 na BM&F), no menor valor desde janeiro de 1999.

Enquanto isso, os agentes do mercado primário de câmbio - principalmente exportadores - estão retraídos. Habitualmente eles preferem evitar transações nesses momentos em que os movimentos técnicos predominam na formação dos preços do dólar, principalmente quando a pressão que eles exercem é de queda nas cotações da moeda norte-americana.

Os especialistas ressaltam, no entanto, que essa retração é concentrada nas médias e pequenas empresas. Até porque, as maiores exportadoras e importadores também atuam nos mercados derivativos e acabam entrando no jogo desses ativos, que se acentua ao final do mês.