Em meio a grande expectativa mundial, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apresentará nesta quarta, dia 5, ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) documentos que, segundo o governo americano, comprovam que o regime iraquiano está escondendo armas de destruição em massa.

Conforme assessores da Casa Branca, entre o material que será exibido por Powell estão fotografias de supostos laboratórios móveis de armas biológicas e transcrições de conversas de funcionários iraquianos. A apresentação multimídia de Powell no Conselho de Segurança da ONU – que deverá durar cerca de 90 minutos – está marcada para as 10h30min (13h30mmin no horário de Brasília).

O pronunciamento de Powell vinha sendo apresentado como decisivo para convencer o ainda reticente Conselho de Segurança da ONU a aprovar uma intervenção militar no Iraque. Nos últimos dias, porém, o governo americano procurou minimizar o impacto do relatório do secretário de Estado, deixando claro que Powell não levará ao Conselho "a arma do crime" – ou seja, uma prova definitiva de que o país produz armas de extermínio.

Para o vice-presidente iraquiano, Taha Yassin Ramadan, o pronunciamento de Powell será "um mero show".

– Se eles têm alguma coisa nova, por que não a apresentaram até agora? – indagou.

Nesta terça, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, teve mais uma prova de que será difícil convencer a França de que uma intervenção militar no Iraque é inevitável. Blair encontrou o presidente francês, Jacques Chirac, na abertura da 25ª cúpula franco-britânica, em Le Touquet. Depois do encontro, Chirac saiu dizendo que a França manterá sua posição sobre a situação do Iraque. Chirac é contra uma intervenção militar no país de Saddam Hussein sem o aval da ONU e pediu que seja dado mais tempo aos inspetores de armas que atuam no país.