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 | 25/07/2008 17h58min

Petróleo cai 4,36% na semana com demanda em queda

Na Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos futuros o com entrega em setembro caíram US$ 2,23, ou 1,78%

O petróleo encerrou a semana com uma queda acumulada de 4,36% em Nova York, pressionado pela desaceleração econômica e erosão da demanda dos EUA, segundo operadores e analistas.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), os contratos futuros de petróleo com entrega em setembro caíram US$ 2,23, ou 1,78%, e fecharam a US$ 123,26 por barril. Incluindo as transações do sistema eletrônico Globex, a mínima foi de US$ 122,50 e a máxima de US$ 126,51.

Com o fechamento de hoje, os futuros de petróleo na Nymex acumulam uma queda de 15,16% desde o fechamento recorde de US$ 145,29 por barril, registrado em 3 de julho. Há três sessões, incluindo a de hoje, os contratos de petróleo oscilam abaixo da marca de US$ 130 por barril.

— Este tem sido um declínio de preços muito significativo, que pode não ser revertido facilmente — disse Jim Ritterbusch, da Ritterbusch and Associates.

— Podemos facilmente ver um barril a US$ 117 na próxima semana — acrescentou.

Os preços do petróleo continuam a oscilar em baixa, pressionados pelos temores relacionados ao declínio econômico dos EUA. Uma desaceleração da economia dos EUA vai tirar parte da demanda global, tornando as matérias-primas (commodities) o último lugar onde o investidor vai querer estar, segundo Chris Jarvis, presidente da Caprock Risk Management.

— Até que vejamos algum indicador econômico que alivie isso (o temor de declínio da demanda), ou algum membro do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) dizendo que não está tão ruim assim, vamos continuar a cair — disse Jarvis.

O encolhimento do crédito também afeta os comerciantes de petróleo, o que amplifica os efeitos da erosão na demanda nos EUA, segundo Antoine Halff, vice-diretor de pesquisa da Newege USA em Nova York. Os comerciantes de petróleo usam linhas de crédito para financiar compras, ou entregas, físicas de petróleo bruto. Com suas linhas de crédito secando, as empresas reduzem suas compras físicas de petróleo bruto.

— Isso está basicamente colocando um limite sobre quanto petróleo eles podem comprar e ajuda a exagerar o que já é uma acentuada contração na demanda — disse Halff.

Na Bolsa Intercontinental, de Londres, os contratos de petróleo Brent para setembro caíram US$ 1,92, ou 1,52%, e fecharam a US$ 124,52 por barril. A mínima foi de US$ 123,39 e a máxima de US$ 127,51.

Agência Estado
 
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