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 | 24/07/2008 08h21min

Sinais de desaceleração dos preços confundem mercado

Mercado financeiro estava dividido em relação à decisão do Copom

O mercado financeiro estava dividido em relação à decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Embora a maioria dos analistas ouvidos pela Agência Estado (47 de 60) projetasse uma alta de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, o mercado de juros futuros apontava uma probabilidade de 60% de uma elevação de 0,75 ponto - que acabou se confirmando.

Essa cisão deveu-se, entre outros fatores, aos leves sinais de desaceleração da inflação, conforme revelaram alguns indicadores divulgados nos últimos dias. Ontem, por exemplo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que seu índice de preços semanal (IPC-S) desacelerou de 0,69% na semana encerrada na terça-feira da semana passada (dia 15) para 0,67% na terça-feira desta semana (dia 22).

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Márcio Nakane, afirmou:

— É verdade que alguns indicadores, na margem, têm mostrado algum arrefecimento. Mas o que motivou a ação (de ontem) do BC foram as expectativas de inflação do mercado, especialmente para 2009 — explicou.

No jargão do mundo financeiro, isso é chamado de ancoragem de expectativas.

— O BC mostrou que perseguirá o centro da meta no ano que vem — disse Nakane.

Já o economista Fábio Silveira, diretor da RC Consultores, considera a leitura do Copom do atual quadro inflacionário "equivocada, precipitada e exagerada". Ele disse que o BC vai impor um ônus desnecessário ao crescimento econômico do País em 2009.

Para o economista, elevar a taxa de juros para conter alta de preços de matérias-primas (commodities), que é uma tendência mundial, não tem o menor sentido:

— Trata-se de uma inflação importada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado
 
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