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 | 23/07/2008 10h53min

Relatório da PF indicia 13 e chama Dantas de 'capo'

Segundo documento, "organização criminosa" movimentou US$ 1,9 bilhão em paraísos fiscais

Daniel Dantas é o "capo" de "organização criminosa" que movimentou US$ 1,9 bilhão em paraísos fiscais, segundo relatório final do delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal.

— É nele que se concentram todas as decisões em se tratando de estratégias, investimentos, aporte de recursos ou qualquer saída dos respectivos caixas do Grupo Opportunity — assinala o documento de 152 páginas, juntado ao inquérito.

São 13 os indiciados da Satiagraha — além de Dantas, a PF enquadrou Verônica, sua irmã, a quem atribui graduação de "subchefe central da organização", e diretores e gerentes do Opportunity Fund, uns apontados como laranjas, outros como testas-de-ferro. O banqueiro foi indiciado por corrupção ativa e gestão fraudulenta de instituição financeira.

A Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado e fundador do PT, o relatório imputa o papel de "integrante de escalão especial". No mesmo patamar de Greenhalgh, a PF coloca o lobista Guilherme Henrique Sodré, o Guiga. Os dois, informa Protógenes, serão alvo de inquérito policial apartado.

O ato de indiciamento dos 13 investigados ocorreu sexta-feira, quando Protógenes despediu-se de Satiagraha, que ele próprio levou às ruas dia 8 no comando de um esquadrão de 300 agentes. Sob fogo cerrado da cúpula da corporação, a quem acusa de ter obstruído a maior investigação de sua vida, Protógenes saiu do caso — oficialmente para fazer o Curso Superior de Polícia, em Brasília.

O relatório esmiúça a conduta de cada personagem da operação e revela passo a passo os movimentos de Dantas e seus subordinados no fundo registrado em Ilhas Cayman. Ao longo do texto em que incrimina seus alvos, o delegado junta transcrições de interceptações telefônicas e reitera informações, qualificações e adjetivos inseridos em termos anteriores que deram sustentação aos pedidos de prisão, acolhidos pelo juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal.

O documento será analisado pelo procurador da República Rodrigo de Grandis. O inquérito deverá retornar à PF, que agora deu início à perícia em 200 HDs recolhidos pelos agentes de Satiagraha.

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Agência Estado
 
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