O prazo para a troca de pertidos dos parlamentares eleitos termina nesta sexta, dia 31. Os deputados que começar a próxima legislatura sob nova sigla devem comunicar a decisão à Secretaria-Geral da Câmara.

Três deputados já trocaram de partido: Milton Monti, de São Paulo (do PMDB para o PL), Luiz Salomão, do Rio (do PDT para o PT), e Sarney Filho, do Maranhão (do PFL para o PV), decisão que causou rumores. Ele ignorou os apelos da cúpula pefelista para que revisse a decisão.

Sarney Filho justificou a mudança dizendo que a partir de agora, os partidos no Brasil se tornarão menos fisiológicos e mais ideológicos. A decisão de Sarney Filho deve prejudicar seu pai, o senador reeleito e candidato à presidência do Senado José Sarney (PMDB-AP). Ele tem a simpatia do PFL, mas o abandono da sigla pelo filho pode estremecer essas relações.

Devido à freqüencia de trocas, partidos da base aliada do governo Luiz Inácio Lula da Silva, como PL, PTB e PSB, questionaram o critério de composição da mesa da Câmara com base nos números das bancadas eleitas em outubro. As siglas alegaram que seriam prejudicadas por terem conquistado grande número de parlamentares depois do pleito. Caso não ocorra acordo nesse caso, o Regimento da Câmara prevê a indicação com base nos números do primeiro dia da legislatura. Nesta quinta, porém, uma reunião do colégio de líderes decidiu pela manutenção do acordo tradicional, baseado no número de eleitos. Com isso, caberá ao PT a presidência e ao PFL a primeira vice-presidência.