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 | 10/07/2008 10h52min

Ministro diz que governo expandirá o crédito de forma moderada

Paulo Bernardo afirma que Brasil precisa ver a atual crise dos preços dos alimentos como uma oportunidade para o país

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira que a oferta de crédito no País vem crescendo aceleradamente nos últimos anos e que em 2007 atingiu 32% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo ele, o intuito do governo é continuar promovendo a expansão do crédito, mas não em nível "explosivo" e que não se sustente.

— Na verdade, hoje estamos atuando para reduzir um pouco esta taxa — afirmou, durante a conferência "O Impacto do Brasil na Economia Global", promovida pela Sociedade Americana (Americas Society) e o Conselho das Américas (Council of the Americas) em conjunto com o Movimento Brasil Competitivo.

Bernardo disse que a missão do governo é manter os fundamentos macroeconômicos, promovendo políticas monetárias e fiscal severas, ajustes, inflação controlada e continuar a fazer investimentos. Neste ponto, ele disse acreditar que os investimentos do País em 2008 devam continuar a crescer no mesmo ritmo dos últimos anos, em torno de 14%.

Para uma platéia formada em grande parte por estrangeiros, o ministro afirmou que é visível uma avaliação mais positiva do País por parte de quem vive fora do que quem mora no Brasil.

— É difícil explicar o porquê disso. Certamente, avançamos muito, mas reconhecidamente temos muito caminho a percorrer — disse citando fragilidades no setor de segurança pública e deficiências no sistema de saúde e educacional.

Porém, o ministro se disse muito otimista em relação ao futuro do País. Ele destacou que o Brasil passou "completamente ileso" pela questão da crise de crédito no mercado hipotecário dos Estados Unidos, que se alastrou para os mercados financeiros de todo o mundo. "Quem diria que o Brasil iria passar por uma situação como esta desta forma?"

Alimentos

Para Bernardo, o Brasil deve ver a atual crise dos preços dos alimentos como uma grande oportunidade para o país.

— Estamos muito preocupados com isso (a alta dos preços dos alimentos) e queremos que o Brasil se torne cada vez mais um grande produtor — disse.

Para ele, o atual cenário reforça o papel do País como grande exportador.

— É algo natural (para o Brasil se tornar um produtor maior). É fácil fazer isso se fizermos as coisas certas.

Agência Estado
 
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