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 | 08/07/2008 13h38min

Preços de alimentos nos supermercados devem cair ainda neste semestre, diz Silas Brasileiro

Conforme o secretário executivo do Ministério da Agricultura, principal queda deve ser percebida no custo do feijão

Ainda neste semestre, os consumidores devem encontrar alimentos com preços mais baixos, principalmente feijão, nas prateleiras dos supermercados. A afirmação foi feita pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Brasileiro, ao apresentar nesta terça, dia 8, o décimo levantamento da safra de grãos 2007/2008, elaborado pela Companha Nacional de Abastecimento (Conab).

O diretor de Logística e Gestão Empresarial da Conab, Silvio Porto, explicou que a alta de preço dos grãos no Brasil é resultado da contaminação das cotações no mercado internacional. Ele lembrou que alimentos e bebidas correspondem a 25% da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mas 80% dos alimentos que compõem o índice “não estão tendo elevação” de preços.

O secretário-executivo afirmou que no caso do feijão a produção (3,5 milhões de toneladas) é maior do que o consumo (3 milhões), portanto suficientes para atender à população. Ele lembrou também que o governo lançou o contrato de opção de venda para o feijão, com o objetivo de estimular a produção.

Segundo a Conab, o governo vai pagar R$ 40,5 mil para cada contrato de 27 toneladas, o que corresponde a R$ 90 por saca de 60 quilos. De acordo com o secretário, o valor a ser pago aos produtores é maior do que o preço mínimo (R$ 80) para o produto, sendo que o custo de produção é de R$ 60.

– Estamos fazendo a correção e vamos ter a oferta de feijão sem nenhum dificuldade para abastecimento do mercado. As três colheitas de feijão que se faz anualmente vão refletir de maneira positiva para que o preço venha cair – disse.

Entrentanto, o presidente da Conab, Wagner Rossi, afirmou que a estratégia do contrato de opção ainda não surtiu o efeito desejado porque a produção de feijão concorre com outras culturas, como trigo, milho e soja.

– O feijão é uma cultura de ciclo rápido e compete com outras culturas que no momento estão muito remuneradoras – explicou.

O presidente da Conab orientou a população a evitar a formação de estoques, uma vez que há produção suficiente de feijão no país para atender a demanda.

– Nós não devemos, como consumidores, ajudar o especulador. Não faça estoque porque isso ajuda o manipulador a aumentar o preço contra a população – afirmou.

Segundo Rossi, a Conab estuda voltar a ter estoques estratégicos de produtos para atuar em momentos de especulação.

– Queremos estabelecer um programa de estoque público com uma renovação rápida, periódica. Nunca [de] mais de um ano, no caso do feijão, e nuca [de] mais de dois anos no caso dos outros produtos – explicou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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