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 | 07/07/2008 10h27min

Situação política do Zimbábue causa divergência sobre sanções econômicas

Na reunião do G8, Estados Unidos defendem restrições e nações africanas querem governo de coalizão

O Grupo dos países mais desenvolvidos e os países africanos divergiram nesta segunda-feira, dia 7, sobre a conveniência de impor sanções ao Zimbábue por causa do tenso momento político do país, depois das polêmicas eleições vencidas por Robert Mugabe.
 
Os Estados Unidos anunciaram sanções contra o regime de Mugabe e esperam que a ONU também imponha restrições a esse Governo. Já a União Africana (UA), pelo contrário, considera que a solução é a formação de uma coalizão entre o partido de Mugabe, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica e o opositor Movimento pela Mudança Democrática (MDC) de Morgan Tsvangirai.

Em entrevista coletiva paralela, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse estar disposta a impor sanções contra o regime de Mugabe pois deixou bem claro que vê esse Governo como ilegítimo. Já um porta-voz canadense indicou que o G8 deixou claro que mais sanções serão impostas a menos que aconteçam progressos rápidos para solucionar a crise política no Zimbábue.

O comunicado do G8 - formado por EUA, Japão, Rússia, Canadá, Itália, Reino Unido, França e Alemanha - deverá incluir uma firme condenação ao processo eleitoral no país africano e ao regime de Robert Mugabe.

Violência

Em meio à crise política, o partido de oposição Movimento pela Mudança Democrática afirma que 103 simpatizantes foram assassinados, 1,5 mil detidos - incluindo 20 deputados eleitos para o Parlamento - e outros 5 mil estão desaparecidos desde o primeiro turno das eleições presidenciais e legislativas, realizadas em 29 de março.

A comunidade internacional não reconheceu o Governo de Mugabe alegando que o segundo turno não foi livre nem justo, e só considera válidos os resultados do primeiro, vencido pelo líder oposicionista Morgan Tsvangirai. A Comissão Eleitoral do Zimbábue, nomeado por Mugabe, o opositor não obteve o número de votos para uma maioria absoluta, o que tornaria necessário um segundo turno.

AGÊNCIA EFE
 
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