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 | 04/07/2008 13h52min

Plano Safra poderia ser mais ousado, afirma presidente da OCB

Márcio Lopes de Freitas ainda critica segmentação entre agricultura empresarial e familiar

Apesar dos avanços, o Plano Safra anunciado pelo governo para a agricultura empresarial e familiar está aquém do esperado pelo setor. Foi o que disse o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta sexta-feira, dia 4.

Considerando agricultura familiar e empresarial, o plano do governo para a temporada 2008/2009 totaliza R$ 78 bilhões de reais em crédito disponível para os produtores. O ideal, segundo Freitas, seria algo em torno de R$ 110 bilhões.

- Há inovações que consideramos positivas. Poderia ser um pouco mais ousado na disponibilidade de recursos, principalmente para um país que precisa dar as resposta de aumento de produção face a demanda interna e externa por alimentos – ponderou.

Outra necessidade apontada pelo presidente da OCB é a de redução de juros para a produção agrícola. Na avaliação de Márcio Lopes de Freitas, é preciso equiparar as taxas às dos principais concorrentes internacionais. As do Brasil ainda são muito mais altas, avalia.

Freitas chamou a atenção ainda para a necessidade do que classifica como medidas estruturantes para o agronegócio brasileiro. Um exemplo seria um programa de seguro de preços, não apenas de seguro rural.

- Seguro rural é, basicamente, seguro de financiamento. Gostaríamos de um seguro de preços agrícolas, garantindo mais estabilidade. Uma garantia de renda melhor para os produtores.

Agricultura empresarial x familiar

O presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas, criticou a divisão entre agricultura empresarial, que reúne os médios e grandes produtores, e a familiar, que reúne os pequenos. Para ele, esta segmentação existe muito mais nos gabinetes do governo do que na realidade do campo.

- A agricultura é uma só, composta por pequenos, médios e grandes; empresariais ou familiares; convencionais ou ecológicos. Todos são agricultores e fazem parte do grande agronegócio brasileiro. Não há sentido nessa segmentação.

Segundo ele, há muitos pequenos produtores no país que colocam-se como empresários rurais e buscam, por exemplo, as cooperativas como meios de alavancar negócios.

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