O governo federal vai anunciar nesta quinta-feira, dia 3, a liberação de R$ 13 bilhões para agricultura familiar, R$ 1 bilhão a mais que na safra passada. Haverá mudança também nos juros, que foram reduzidos. De acordo com a classificação de cada agricultor no Pronaf, as taxas para o custeio que antes variavam entre 3% e 5,5% ficarão entre 1% e 5,5%. Para investimento, que no ano passado custavam entre 2% e 5,5%, os juros poderão variar de 1% e 5%.

Um produtor que no ano passado fez um empréstimo de custeio de R$ 5 mil, com juros de 3%, vai pagar no final de um ano R$ 5,175 mil. Agora, com a queda das taxas, pagará juros de 1,5% no próximo contrato, o equivalente a R$ 5,05 mil – R$ 125 a menos.

Se o financiamento foi para investimento, quem pegou R$ 5 mil no ano passado com juros de 2% ao ano vai pagar no final de oito anos R$ 5,858 mil. A partir deste ano, os juros para esse agricultor serão de 1%. Ele pagará, portanto, R$ 5,414 ao final dos mesmo oito anos – uma redução de R$ 444.

A grande novidade do plano é o lançamento do programa Mais Alimentos, com medidas para aumentar a produção de grãos. A previsão é de que até 2010 sejam investidos no sistema R$ 25 bilhões para beneficiar um milhão de produtores.

Este ano o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar será feito no Museu da República, em Brasília (DF). Lá será montada uma exposição de máquinas e implementos agrícolas financiandos por uma linha de credito do programa Mais Alimentos, que prevê uma redução de 17,5% nos preços dos equipamentos.

Mas antes disso, para valorizar ainda mais o novo programa, o presidente Lula irá a uma propriedade rural no Distrito Federal para participar da assinatura do primeiro contrato do Mais Alimentos.

Até 2010 o Minsitério do Desenvolvimento Agrário aposta na comercialização de 60 mil tratores e 300 mil máquinas e implementos agrícolas. O limite de crédito por produtor é de R$ 100 mil com prazo de 10 anos para pagamento, tres de carência e juros de 2% ao ano.