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 | 27/01/2003 09h48min

Inspetores entregam relatório sobre Iraque nesta segunda

Documento não deve confirmar acusações americanas contra Bagdá

Os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentarão na tarde desta segunda, dia 27, um relatório crucial ao Conselho de Segurança. Eles dirão que foram incapazes de responder a questões fundamentais sobre o antigo programa de armas do Iraque, mas não devem confirmar as acusações americanas de que o Iraque reconstruiu seu arsenal de armas de destruição em massa.

Após dois meses e mais de 350 inspeções, os relatórios dos inspetores Hans Blix e Mohamed ElBaradei ao Conselho de Segurança devem alimentar os argumentos dos Estados Unidos em favor de uma guerra, mas instigar outros países, incluindo a França e a Rússia, a dizer que as inspeções devem prosseguir.

Para ressaltar os objetivos da administração Bush, o secretário de Estado americano, Colin Powell, disse que os Estados Unidos iriam à guerra contra o Iraque sozinhos, se os aliados europeus não se juntassem no combate, não obstante as inspeções.

– Para aqueles que dizem, por que não dar mais tempo ao processo de inspeção, eu pergunto, quanto tempo mais o Iraque precisa para responder a essas questões? – perguntou Powell à platéia do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Blix, um diplomata sueco de 74 anos responsável pelas equipes de inspeções de armas químicas, biológicas e balísticas, listou alguns assuntos não resolvidos depois de uma viagem a Bagdá no fim de semana passado.

Ele disse que os documentos apresentados pelo Iraque numa declaração de 12.000 páginas em 7 de dezembro não respondem a algumas perguntas sobre seu antigo programa de armas, como o paradeiro do gás VX, que atinge o sistema nervoso, o destino de duas toneladas de nutrientes ou a produção de agentes biológicos, como o antraz, e 550 cápsulas de artilharia cheias de gás mostarda, entre outros pontos.

Suas equipes também descobriram que o Iraque, que diz já ter prestado contas de todas as suas armas desde a Guerra do Golfo em 1991, obtiveram equipamentos, matéria-prima para agentes químicos e combustível para mísseis, numa violação do embargo de armas determinado pelas sanções da ONU que já duram 12 anos.

Ao mesmo tempo, no entanto, os inspetores não encontraram provas de atividade proibida ou de instalações de produção de armas que os EUA garantem existir em nenhum dos locais investigados.

 
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