Notícias

 | 27/06/2008 10h43min

Ibovespa abre em alta, mas cenário internacional recomenda cautela

Às 10h10min, o Ibovespa avançava 0,79% a 64.449 pontos

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começa o dia buscando recuperação, mas o ambiente externo continua ruim, com o petróleo acima da marca de US$ 142 por barril pela primeira vez na história. No entanto, depois de ter caído ontem 2,89%, retrocedendo ao mesmo nível de preços de abril, o índice Bovespa ensaia uma reação.

Às 10h10min, o Ibovespa avançava 0,79% a 64.449 pontos. Analistas observam que o fato de ser o penúltimo pregão do primeiro semestre pode contribuir para o mercado tomar um fôlego e há ainda o fato de que a queda de quase 12% em junho abre oportunidades de compras em alguns papéis.

Mas uma melhora mais consistente do mercado de ações brasileiro vai depender do apetite dos investidores estrangeiros. Por ora, o movimento de aversão ao risco prossegue. No mês, o saldo de capital externo na Bovespa subiu para R$ 7,4 bilhões (negativo) e no ano a saída chega a R$ 6,644 bilhões.

Em Nova York, os índices futuros de ações operam em direções distintas. O Nasdaq futuro registrava baixa de 0,08% às 10h10 enquanto o S&P 500 futuro avançava 0,17%, esboçando reação após o índice Dow Jones ter fechado o pregão ontem no nível mais baixo desde 11 de setembro de 2006. Desde o começo do mês, o Dow Jones perdeu 9,38%, no que ameaça ser o pior mês de junho desde 1930, no começo da Grande Depressão.

O dado de inflação divulgado nos EUA esta manhã, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), o mais olhado pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano), subiu 0,8% em maio, em relação a abril, a maior alta desde o avanço de 1% em novembro de 2007. O núcleo do PCE subiu 0,1%, abaixo da previsão dos analistas de 0,2%. A renda pessoal dos americanos cresceu 1,9%, ante abril, bem melhor do que as previsões (+0,4%).

Agora, as expectativas se voltam para a divulgação nos EUA do índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, às 11 horas. O dado é relevante, pois dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano é composto por consumo.

A queda do dólar no mercado global de moedas, a alta do petróleo e o temor de inflação mundial alimentam compras de ouro. Os metais básicos acompanham o petróleo e os preços sobem na Bolsa de Metais de Londres e em Nova York, mas a alta pode não se sustentar, dizem especialistas.

No âmbito doméstico, a inflação de junho pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) não trouxe alívio, piorando o clima no mercado futuro de juros na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que já teme elevação maior da taxa Selic (juro básico da economia brasileira, hoje em 12,25% ao ano). O IGP-M de junho registrou alta de 1,98%, acumulando inflação de 13,44% no período de 12 meses e de 6,82% no primeiro semestre deste ano.

Agência Estado
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.