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 | 24/06/2008 11h11min

Ibovespa abre em baixa, de olho na reunião do Fed

Por volta das 10h15min (de Brasília), o índice caía 0,40%, a 64.383 pontos

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em baixa nesta segunda-feira, acompanhando o comportamento negativo nos mercados europeus e dos índices futuros em Nova York.

As dúvidas em relação ao desempenho das principais economias do mundo, com algumas correndo o risco de estagflação (quadro econômico que combina desaceleração da atividade com pressões inflacionárias significativas), e a expectativa em relação à decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre o juro básico nos Estados Unidos, a ser anunciada amanhã, mantêm novamente os investidores retraídos.

Por volta das 10h15min (de Brasília), o índice Bovespa caía 0,40%, a 64.383 pontos e registrava um volume financeiro de R$ 120 milhões. Na mínima, o indicador chegou a cair 0,71%, a 64.178 pontos. No mesmo horário, o índice futuro do Nasdaq-100 recuava 0,61% e o futuro do S&P 500 cedia 0,42%. Na Europa, a Bolsa de Londres operava em baixa de 0,88%.

Hoje, a expectativa é de mais um pregão de volume financeiro reduzido, assim como ontem, quando o giro foi de apenas R$ 4 bilhões e o Ibovespa fechou praticamente estável (+0,04%).

— Os gestores estão mantendo as posições e girando menos a carteira — afirma o diretor da Prosper Gestão, Júlio Martins.

Ele destaca que, embora o direcionador para o mercado doméstico seja positivo, para as empresas brasileiras as dúvidas externas macroeconômicas são muitas, principalmente no que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e a taxa básica de juros na maior economia do mundo, além dos balanços financeiros das empresas do setor imobiliário e dos bancos.

— Essas duas equações - macro e setorial - devem continuar brigando no curto prazo — afirma Martins.

Hoje, a queda das bolsas no exterior se deve à alta nos preços do petróleo, que mais cedo testou, na sessão eletrônica da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a máxima desde a segunda-feira da semana passada (dia 16), a US$ 138,75 o barril, com rumores - depois negados - de que usinas nucleares iranianas teriam sido atacadas.

Embora tenha saído das máximas até o momento, o petróleo segue mostrando força, ainda alimentada pela tensão entre Irã e Israel, que estaria treinando há um mês seu exército para um eventual ataque iraniano. Às 10h11 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em agosto subia 0,99%, a US$ 138,10o barril, na sessão regular da Nymex; na eletrônica, o mesmo contrato era negociado a US$ 137,14 o barril (+0,31%).

O petróleo em alta pode ser bom para a Petrobras, mas eleva os custos das empresas e coloca ainda mais pressão nos preços, agravando o quadro de inflação. No mesmo horário, as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da estatal petrolífera caíam 0,58% e 0,02%, a R$ 53,10 e R$ 43,88, respectivamente.

As ações da Vale devem atrair muita atenção na abertura, com os investidores repercutindo o reajuste de 100% no preços do minério de ferro conseguido pela mineradora anglo-australiana Rio Tinto na negociação com as siderúrgicas japonesas, um dia depois de as siderúrgicas chinesas terem aceitado pagar reajuste de 85% da Rio Tinto. Essa aumento é maior do que a que a Vale aceitou no início do ano, que variou de 65% a 71%.

Segundo o diretor da Prosper, a notícia é muito boa para a Vale pois sinaliza de forma clara que, apesar das dúvidas em relação aos EUA, a demanda segue aquecida e a oferta tem pouco a crescer. Às 10h14, as ações ON e PN classe A (PNA) da mineradora brasileira caíam 0,41% e 0,04%, respectivamente.

Agência Estado
 
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