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 | 25/01/2003 15h41min

Dirceu nega saída de Anderson Adauto do governo

Reportagem da revista IstoÉ complica ainda mais situação do ministro

O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, negou neste sábado, dia 25, que o ministro dos Transportes, Anderson Adauto, deixaria o cargo.

– Não existe nenhum ecaminhamento, nada em relação a troca do ministro Anderson Adauto. Isso fica por conta e risco de quem está dizendo que ele vai sair – afirmou o ministro, que está em Porto Alegre participando do 3º Fórum Social Mundial.

Dirceu lembrou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu declarações à imprensa, na semana passada, depois de um longo encontro com Adauto, deixando claro que o ministro tinha a sua confiança e a do governo.

Ele ressaltou ainda que o ministro dos Transportes está trabalhando no plano de manutenção de estradas e também na duplicação de estradas, obras que contam com recursos externos.

Adauto deve deixar o cargo temporariamente no dia 1º de fevereiro para assumir o mandato de deputado federal pelo PL de Minas Gerais. No entanto, especulações sobre a possibilidade de sua saída definitiva do Ministério surgiram depois dele ser acusado de envolvimento em desvio de verbas da cidade de Iturama, no interior mineiro.

A situação do ministro se complicou ainda mais com a publicação de nova denúncia na edição de sexta da revista IstoÉ. A reportagem mostra que Adauto foi sócio formal dos donos da CPA, empresa que é alvo de investigação do Ministério Público estadual de Minas Gerais

Amigos do ministro, os dois donos da empresa,  Rômulo de Souza Figueiredo e Sérgio José de Souza, são acusados de participação no esquema de desvio de recursos da prefeitura de Iturama. A versão de Adauto sobre a sociedade difere da contada na reportagem da IstoÉ. Segundo o ministro, a Embrapesca teve vida útil de 60 dias e nem chegou a funcionar. De acordo com os documentos obtidos pela revista, ele se manteve na sociedade por três meses. Depois, cedeu suas cotas aos demais sócios.

Embora tenha dito que terá "desconfiômetro" para sair caso seja apontada sua participação em alguma irregularidade dos amigos - os quais tentou levar para trabalhar com ele no ministério - , Adauto ressaltou que a simples constatação de uma fraude, se vier a ser comprovada, não seria suficiente para que entregasse o cargo.

 
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