| 19/06/2008 10h38min
O índice Bovespa abriu o pregão desta quinta-feira em alta e avançava 0,19% a 67.220 pontos, às 10h09min. A Bolsa brasileira ensaia uma recuperação, acompanhando de perto a cena externa. No entanto, operadores avaliam que o movimento não é consistente e o mau humor verificado na véspera pode voltar.
O que deve ditar o rumo dos negócios, mais uma vez, continua sendo o Exterior. Segundo analistas, se não houver notícias relevantes no campo externo, os preços das matérias-primas (commodities) e do petróleo devem continuar direcionando o comportamento das bolsas.
— Como a Bolsa já apanhou bastante, hoje pode haver uma recuperação, mas nada consistente, o mercado segue muito incerto — diz um analista.
Ontem o Ibovespa chegou a operar abaixo dos 67 mil pontos durante a sessão e fechou o dia com queda de 1,97%, aos 67.090 pontos. O mercado externo ainda está cauteloso em relação à saúde do sistema financeiro global e isso tem reflexos no quadro doméstico.
A aversão ao risco cresceu
ontem com uma coleção de notícias negativas, a principal delas relacionada a um relatório do banco escocês Royal Bank of Scotland (RBS) prevendo um "crash" no mercado global de ações e crédito nos próximos três meses. Também pesaram sobre os negócios a alta do petróleo, as novas baixas contábeis nos Estados Unidos e a expectativa em torno da reunião do Federal Reserve, o banco central americano, na próxima semana.
O mercado financeiro vai acompanhar hoje a reunião do presidente Lula para discutir a inflação, da qual participarão o ministro Guido Mantega (Fazenda), os economistas Luiz Gonzaga Belluzzo e Delfim Netto, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e integrantes da equipe econômica, a partir das 10 horas.
O governo está preocupado com o fato de as pressões inflacionárias estarem se espalhando e com o possível estouro do teto da meta este ano. "Esta reunião deve pesar mais em câmbio e juros, mas o mercado de ações vai ficar atento também", diz um operador.
Deve render debate
nas mesas de operações a notícia de que a Petrobras e Agência Nacional do Petróleo (ANP) discutem na Justiça a prorrogação da concessão de um bloco exploratório onde a Petrobras encontrou reservatório de petróleo, na Bacia de Campos (RJ). A estatal tenta recuperar os direitos sobre o bloco BC-400, concedido antes do fim do monopólio, onde comunicou descoberta nove dias após o fim do prazo de exploração, em 15 de agosto de 2006.
— Caso a estatal não consiga recuperar os direitos os papéis da empresas tendem a reagir negativamente — prevê um operador.
Às 10h10min, as ações preferenciais (PN) da Petrobras cediam 0,40% a R$ 45,22. Os papéis ON caíam 0,18% a R$ 55,20.
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