Núria Saldanha, São Paulo (SP)  |  reportagem@canalrural.com.br

Para comemorar o início da colheita do café em São Paulo, entidades ligadas ao setor promoveram um evento em que era possível estabelecer contato próximo com o ciclo do café. O cenário foi o Instituto Biológico, uma fazenda de café criada no início da década de 20 para estudar uma praga que atingia as plantações do produto que funcionava como motor da economia na época.

O cafeicultor Pedro Bérgamo Neto, um dos presentes ao evento, tem grande habilidade na seleção de grãos. Ele é produtor no município de Taquaritiba (SP) e foi o grande campeão do concurso nacional do produto do ano passado. Pela saca do melhor café do Brasil, Bérgamo conquistou R$ 2.560, preço 10 vezes maior que o praticado no mercado. Hoje, ele resolveu deixar a lavoura no interior do Estado para promover o café na capital.

– Estamos aqui hoje mostrando como que é a colheita do café, que poucas pessoas sabem que para conseguir um cafezinho expresso que está na mesa. Vocês estão vendo aí que é muito difícil – afirma.

A comemoração simbólica para o início da colheita foi inspirada num modelo francês de sucesso, de acordo com Eduardo Carvalhaes Júnior, da Câmara Setorial do Café.

– Em Paris existe um evento semelhante a esse, um parreiral, e o café, para o Brasil, tem a mesma importância que a produção de vinho tem para os franceses – afirma Carvalhaes.

São Paulo é o terceiro produtor de café do país, mas com a concentração das indústrias no Estado, 43% do torrado e moído nacional é produzido no Estado. O Brasil é o segundo maior consumidor de café no mundo, sendo que os paulistas estão na liderança, com 4,5 kg por ano.

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