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 | 16/06/2008 12h24min

Cai o movimento no mercado de ações

Segundo economista, no caso brasileiro, a maior saída é de capital estrangeiro

O fraco desempenho das principais bolsas de valores do mundo nos últimos meses tem afastado os investidores. A constatação é do Citigroup, que divulgou um relatório em que revela ritmo menor no volume de investimentos em ações nos últimos cinco anos.

O banco analisou 44 bolsas, das quais 24 apresentaram desaceleração nos investimentos. Em maio, o mercado de ações recuou 5% enquanto o dos chamados derivativos cresceu na mesma proporção.

Em entrevista ao Agribusiness Online, nesta segunda-feira, dia 16, o economista Clodoir Vieira ressaltou que, no caso do Brasil, a maior saída do mercado de ações é de capital estrangeiro. Ele apontou como motivo a realização de ganhos no país para cobrir prejuízos em outros mercados.

Vieira avaliou também que o investidor está mais maduro e consegue mudar as formas de investir de acordo com as oportunidades. Segundo ele, há o que chama de euforia no mercado, com altas, por exemplo, nas cotações das commodities. Por isso, recomendou cautela ao investidor.

- Deve começar a fazer posições pequenas e ficar atento aos acontecimentos internacionais, porque não se sabe o tamanho da bolha da crise americana ou se não há mais bolha. Também o preço do petróleo, que está elevado.

Focus

Clodoir Vieira analisou também as previsões do relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, segundo o qual a expectativa é de aumento na taxa de juros e taxa de câmbio desfavorável. Ele ressaltou que o capital externo que entra no mercado brasileiro é especulativo, que derruba o câmbio e estimula as importações. Para o economista, é o motivo pelo qual, segundo ele, o governo ainda não apresentou uma solução para a questão.

- Se há importação barata, é possível controlar a inflação. A pergunta é até quando o Brasil vai agüentar o dólar nesses níveis de preços. O dinheiro especulativo sai muito rápido. O governo tem de tomar uma atitude e acho que já está atrasado.

Clodoir Vieira avaliou que, neste ano, será difícil o governo manter a inflação próxima do centro da meta. Para o economista, a taxa básica de juros da economia deveria fechar 2008 acima da faixa dos 15% (contra os 14,25% previstos pelo relatório Focus) para dar resultados no controle da inflação para o ano que vem. Com essa taxa, o câmbio cairia para menos de R$ 1,60 (contra R$ 1,70 do Focus).

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