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 | 22/06/2008 08h10min

Veganismo cresce na Argentina e coloca em alerta criadores de animais

Manifestantes lutam contra maus-tratos e exploração animal

Os criadores de animais de fazenda e os peleteiros da Argentina estão em alerta pelo que consideram uma onda de ataques de defensores do Veganismo, vegetarianos radicais que lutam contra os maus-tratos e a exploração de animais.

Sua última aparição foi há um mês na elegante rua Florida, no centro de Buenos Aires, onde fizeram pichações e gritaram palavras de ordem contra os negócios de venda de artigos de couro e peles, que nessa época atraem dezenas de turistas.

Os manifestantes também realizaram protestos mais radicais, como libertar galinhas e coelhos de fazendas, queimar um criadouro de chinchilas e invadir lojas de animais de estimação.

– Trata-se de grupos de adolescentes fanáticos, com transtornos psicológicos, agressivos e frustrados – disse o presidente da Associação de Criadores de Chinchilas, Héctor Aleandri, que lidera a cruzada contra o que considera "terroristas ecológicos".

No extremo oposto, grupos como o Frente de Libertação Animal e a Federação Libertária Argentina dizem que os verdadeiros terroristas são os que semeiam o terror entre os animais.

Em seu site chamado Calamidades, Aleandri ressalta que grupos radicais como os veganistas chegam ao extremo de libertar caracóis e enviar cartas-bomba a laboratórios que usam ratos como cobaias.

Os veganistas também fazem sua própria batalha na internet, onde exibem imagens horríveis de animais sendo maltratados e explicam seus princípios.

Além de não consumir carne, ovos, laticínios, mel e drogas desenvolvidas em laboratórios que fazem testes com animais, eles também não comem vegetais expostos a adubos de origem animal, nem usam couro, peles e tecidos de lã e seda natural.

Segundo disseram integrantes do movimento, a filosofia põe em categoria de igualdade animais "humanos e não-humanos", e por essa razão não aceitam zoológicos, corridas de cavalos, circos com animais e qualquer outra forma de "escravidão".

Na Argentina, a maioria de seus militantes tem menos de 30 anos e pertencem a vertentes muito diversas, que vão de anarquistas a hare krishnas.

AGÊNCIA EFE
 
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