O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Köehler, disse nesta sexta, dia 17, que recomendará ao conselho que aprove o acordo de transição assinado com a Argentina nessa quinta, mas advertiu que o acordo traz "riscos excepcionais" para o FMI.

– Decidimos recomendar a aprovação deste acordo como uma demonstração de um esforço de boa fé por parte da comunidade internacional a favor do povo argentino – disse em um comunicado o chefe do FMI.

Mesmo assim, ele disse que um programa de transição envolve riscos excepcionais para o Fundo. Köehler afirmou no comunicado que a economia argentina "estabilizou-se de alguma forma" nos últimos meses, mas salientou que ela ainda permanece frágil.

O governo argentino disse na quinta-feira que assinou um acordo com o FMI por um empréstimo totalizando US$ 6,6 bilhões de dólares, que cobriria o refinanciamento das dívidas com o Fundo até o fim de agosto. Köehler não confirmou o tamanho do acerto. Ele afirmou que o governo desenvolveu política, que se colocada em prática, pode ser a ponte de um programa mais abrangente com o novo governo, após as eleições de abril.