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 | 11/06/2008 11h57min

Especialista acredita que barreiras contra o etanol brasileiro tendem a cair nos próximos anos

Tarcílio Rodrigues ressalta a necessidade de mais infra-estrutura para o país exportar mais combustível limpo

As barreiras contra o etanol brasileiro tendem a cair e o mercado se abrirá mais nos próximos anos. Esta é a opinião do diretor da Bioagência, Tarcílio Rodrigues, que concedeu entrevista ao Agribusiness Online, nesta quarta-feira, dia 11. Ele destacou que a competitividade do produto aumentará ainda mais à medida que as restrições e as críticas forem superadas.

Os Estados Unidos estão entre os países que restringem a entrada do etanol brasileiro. Feito a partir da cana-de-açúcar, o produto é sobretaxado em US$ 0,54 por galão (3,78 litros). O etanol daquele país é feito a partir do milho, com custo mais alto e menor competitividade.

Segundo Tarcílio Rodrigues, o mercado está ciente de que o modelo americano de produzir o combustível está superado, assim como o europeu, onde há a utilização de trigo. Na opinião do especialista, o Brasil tem boas oportunidades de conquistar mercado com o etanol de cana. Porém, para atingir esse objetivo, tem de resolver também problemas internos, principalmente na estrutura para escoar a produção do combustível limpo.

- A logística é um gargalo a ser superado. Investimentos têm sido feitos em terminais, melhorias em navios. Precisamos reativar a ferrovia para aumentar a produtividade e reduzir os custos. Em um futuro não muito distante, os dutos devem se construídos para que isso (a infra-estrutura) entre na escala que os combustíveis têm.

Rodrigues avaliou ainda que a alta nos preços do petróleo também pode criar oportunidades para o etanol brasileiro, já que diversos países estudam alterações nas matrizes energéticas. Para dar uma idéia do tamanho do mercado a ser conquistado, ele faz uma comparação.

- Se 10% de toda a gasolina consumida no mundo for substituídos por etanol, a demanda deve ser até 20 vezes maior do que o Brasil tem exportado atualmente.

Sobre o mercado interno, o diretor da Bioagência descartou problemas de abastecimento de etanol, mesmo em períodos de entressafra. Segundo Tarcílio Rodrigues, a produção cresce fortemente a cada ano e o setor exporta apenas o excedente. E o automóvel bicombustível aumentou o poder de decisão do consumidor, que passou a ter papel mais importante na regulação do mercado.

- É uma revolução. Não há nenhum temor de desabastecimento, porque, quando ultrapassar o limite econômico entre o álcool e a gasolina, o consumidor vai para a gasolina, os estoques (de álcool) tendem a subir e há uma regulação de preços.

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