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 | 10/06/2008 18h16min

PSOL pede impeachment da governadora Yeda

Líder do governo na Assembléia diz que não há elementos para a saída

A Executiva do PSOL no Rio Grande do Sul protocolou nesta terça-feira, na Assembléia Legislativa (AL) gaúcha, um pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius. De acordo com a deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS), o pedido foi motivado principalmente pelo fato de Yeda não ter negado afirmações do ex-chefe da Casa Civil sobre o financiamento de partidos políticos por órgãos do governo.

— A governadora veio a público exclusivamente para condenar o seu vice-governador, que revelou as gravações, mas em nenhum momento ela chegou a afirmar que o seu chefe da Casa Civil estaria mentindo quando afirmou que os partidos se financiam dentro das estatais do governo do Estado — disse.



Para o líder do governo na AL, deputado Márcio Biolchi (PMDB), não há elementos suficientes para o impeachment da governadora:

— Não existe nenhum fundamento que possa levar ao impedimento de um nome que foi escolhido de forma democrática pelas urnas aqui no Rio Grande do Sul.

Segundo Biolchi, o governo está tomando todas as providências para avaliar possíveis irregularidades.

— As obrigações que o Estado tem na apuração de fatos que porventura sejam cometidos e que contenham alguma irregularidade estão sendo tomadas. Esse é o principal argumento da defesa, e não o fato de não ter dito alguma coisa que a oposição gostaria de ter ouvido — afirmou.

A crise no governo Yeda se iniciou no final do ano passado, com a Operação Rodin, da Polícia Federal, que desmembrou um esquema de desvios de recursos no Departamento Estadual de Trânsito (Detran). As conversas interceptadas revelaram o envolvimento de membros do governo estadual.

Na última semana, a situação se agravou quando o vice-governador, Paulo Feijó, divulgou na CPI que investiga o Detran a gravação de uma conversa na qual o então chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, admite que órgãos da administração do estado financiam partidos políticos.

Para tentar resolver a crise, o governo do Estado anunciou nesta segunda-feira a criação de um gabinete de transição que irá promover mudanças na nominata do governo. O grupo será formado por representantes dos partidos políticos que compõem o governo (PSDB, PMDB, PP, PPS e PTB) e terá o objetivo de reestruturar a administração pública.

O gabinete de transição vai elaborar uma carta de compromisso do governo com os gaúchos, garantindo a continuidade da prestação dos serviços públicos com qualidade. Ao anunciar as mudanças, Yeda Crusius disse que vai pedir ao Ministério Publico Estadual prioridade absoluta para a análise das denúncias relacionada aos órgãos da administração do Estado.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse hoje que a situação no Estado não é caso para intervenção federal, pois as instituições estão funcionando normalmente.

— Não há nenhum tipo de violação constitucional, tudo está funcionando de maneira adequada — afirmou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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