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 | 10/06/2008 17h29min

Exportadores de carne in natura querem conquistar mercados japonês e norte-americano

Desafio foi assumido pelo economista Roberto Giannetti, que tomou posse como presidente da Abiec nesta terça-feira, dia 10

Dois grandes centros consumidores estão na mira de exportadores brasileiros de carne bovina. Vencer as barreiras que ainda impedem o Japão e os Estados Unidos de comprar o produto brasileiro in natura foi um dos desafios assumidos nesta terça-feira, dia 10, pelo economista Roberto Giannetti, que tomou posse na presidência da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), em substituição a Marcus Vinicius Pratini de Moraes.

Para isso, Giannetti defende a expansão da produção para as áreas do Cerrado brasileiro. Segundo ele, o Brasil, maior exportador mundial de carne, vende hoje para mais de 150 países e vai manter a política de diversificação de mercados, que já vinha sendo tocada por Pratini.

– Devemos continuar divulgando a nossa carne em países da Ásia, do Oriente Médio, Leste Europeu e nos Estados Unidos, que queremos conquistar e tornar a nossa marca Brazilian Beef produto ainda mais reconhecido – afirmou Giannetti.

Balanço e projeções

Os exportadores brasileiros de carne bovina aumentaram a receita cambial em 7,71%, em maio, sobre o mesmo mês do ano passado, obtendo US$ 478,07 milhões. O volume vendido, entretanto, caiu 25,75%, totalizando 266 mil toneladas. No acumulado do ano, o volume financeiro teve evolução maior, com crescimento de 10,40% sobre igual período de 2007. Na mesma base de comparação, foram embarcados 20,27% menos produtos, totalizando 1,15 milhão de toneladas.

A projeção do setor é fechar o ano com dois milhões de toneladas, abaixo dos 2,5 milhões negociados em 2007. Quanto ao movimento financeiro, a expectativa é atingir US$ 5 bilhões contra os US$ 4,5 bilhões obtidos no ano passado.

Fim do embargo

Ao anunciar esses dados, Giannetti justificou que a alta do preço do produto no mercado internacional contribuiu para a elevação do ganho financeiro. No entanto, há uma oferta reprimida em razão do embargo temporário europeu em andamento desde janeiro.

– Tivemos uma queda expressiva, o que fez com que os frigoríficos trabalhem hoje com alguma ociosidade, e a gente tem uma oferta menor de carne no mercado, mas é uma situação cíclica, e os ajustes deverão vir no curto e médio prazos – disse.

O novo presidente da Abiec acredita que a questão do embargo deverá ser solucionada até o final deste ano e destacou o empenho na reconquista com o trabalho de rastreabilidade feito pelo Brasil em seu rebanho.

AGÊNCIA BRASIL
 
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