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 | 09/06/2008 19h50min

Brasil e Japão fecham acordo para desenvolver novas tecnologias na área agrícola

Anúncio foi feito durante simpósio que homenageia o centenário da imigração japonesa

Renata Maron  |  reportagem@canalrural.com.br

Uma parceria entre três universidades estatais do Brasil e do Japão foi lançada nesta segunda-feira, dia 9, durante o Simpósio Brasil-Japão: Contribuição ao Agronegócio, realizado em São Paulo. O objetivo é promover um intercâmbio de estudantes para o desenvolvimento de tecnologias na área agrícola, com ênfase na produção de alimentos e bioenergia.

A história dos primeiros imigrantes japoneses, que vieram trabalhar nas lavouras de café do Estado de São Paulo, está diretamente ligada à agricultura. Com o passar dos anos, a contribuição deles foi essencial para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro. No simpósio, o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, destacou dados expressivos.

Hoje, existem 1,5 milhão de nikkeis – japoneses e descendentes diretos – vivendo no Brasil, sendo que 75% deles moram em São Paulo. Atualmente, 40 mil famílias têm propriedades rurais no país que, juntas, produzem mais de oito milhões de hectares. O agronegócio brasileiro representa 38% das importações do Japão, com destaque para a carne de frango, o café, a soja e o etanol.

– Se nós aliarmos a esses grupos acadêmicos no sentido de desenvolvimento do agronegócio, eu acho que a parceria será extremamente frutífera, porque dentro do cenário brasileiro que as universidades, mesmo a Embrapa, nós temos a oportunidade de usar a nossa terra arável para que nós possamos aumentar a produção agrícola, seja pecuária, seja de alimentos e grãos – afirma Marcos Macari, reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O vice-presidente da Universidade de Tecnologia e Agricultura de Tóquio, Akira Sasao, destacou benefícios tanto para o Brasil quanto para o Japão. Para ele, a formação científica vai ser uma das grandes alavancas para o desenvolvimento do agronegócio.

– A estratégia passa por uma ação acadêmica consistente, porque a academia é permanente. Governo muda, muda o partido, muda isso, muda aquilo, podem mudar os projetos. Se a academia tem um projeto permanente, esse projeto é inacabável – afirma Rodrigues.

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