O dólar abriu em baixa de 0,21%, negociado a R$ 1,63 no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros, nos contratos de liquidação à vista. O mercado doméstico de câmbio inicia esta semana como encerrou a última: com um olho no fluxo, outro no cenário internacional.

Por aqui, as perspectivas de entradas de recursos continuam. A diferença é que, no Exterior, por enquanto, prevalece o ambiente de alívio criado pelo recuo do preço do petróleo que se sobrepõe às más notícias referentes ao sistema financeiro, mais especificamente ao banco de investimentos americano Lehman Brothers. Um contraste com o clima de pessimismo com que se encerrou a semana passada.

O Lehman teve a perspectiva de rating rebaixada pela agência de classificação de riscos Moody's depois de ter anunciado uma captação de US$ 6 bilhões por meio de ofertas de ações.

Ao mesmo tempo, a instituição informou que as condições desafiadoras do mercado devem resultar em um prejuízo esperado de US$ 2,8 bilhões ou US$ 5,14 por ação ordinária no segundo trimestre. Mas o mercado antecipou essas notícias ruins já na semana passada e hoje parece não prestar muita atenção nos fatos.

Quanto às perspectivas de entradas, além das captações externas e a operação da OGX, que estréia na Bolsa de Valores de São Paulo nesta semana, o dia parece propício à arbitragem. Afinal, na semana passada houve alta de cotações e de juros. E, hoje, com o clima de alívio que prevalece no cenário internacional, abre-se uma janela para aplicações no mercado doméstico, que reúne dois graus de investimento e um prêmio de juro dos mais altos do mundo.