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 | 08/06/2008 19h20min

Ministros do G8 acertam novo acordo energético para conter preços do petróleo

Países não chegaram a um acordo sobre as principais causas da instabilidade no setor

Os ministros de Energia do G8 (sete países mais industrializados e a Rússia) acertaram neste domingo, dia 8, o estabelecimento de um novo acordo energético para conter a mudança climática e os crescentes preços do petróleo, após encontro em Aomori, no norte do Japão. Os ministros de Energia de Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Rússia definiram as bases da Sociedade Internacional para a Cooperação em Eficiência Energética (IPEEC, na sigla em inglês) e convidaram países como China, Índia e Coréia do Sul para se unirem à iniciativa.

O encontro no Japão foi o primeiro dos ministros de Energia do G8 e das três economias emergentes para falarem sobre os desafios futuros na área energética. A séria preocupação com os elevados preços do petróleo foi o tema central da reunião, que reuniu representantes dos 11 países, responsáveis por cerca de 65% do consumo de energia e das emissões de dióxido de carbono (CO2) do mundo.

– Todos os responsáveis pela política energética devem trabalhar juntos reconhecendo o papel crucial das políticas financeiras e macroeconômicas para a resolução das questões econômicas atuais – diz o comunicado conjunto.

O preço do petróleo, que atualmente vale mais do que o dobro do que custava no início de 2007, atingiu na sexta-feira o recorde histórico de US$ 139 o barril em Nova York.

Os ministros de Energia também discutiram formas de resolver a atual instabilidade do mercado do petróleo e concordaram quanto à importância de investirem mais dinheiro e de os países produtores e consumidores compartilharem mais informações. No entanto, devido a suas diferentes posturas econômicas, os ministros não chegaram a um acordo sobre as principais causas da instabilidade, segundo a agência de notícias japonesa Kyodo.

Países como os EUA, que insistem na necessidade de os subsídios aos produtos derivados do petróleo serem reduzidos, apontaram o desequilíbrio entre a oferta e a demanda como a principal causa da instabilidade. Por outro lado, vários países europeus e a China consideraram que a injeção em massa de dinheiro especulativo procedente dos fundos de alto risco é o que está fazendo o preço do petróleo disparar.

As diferenças sobre este aspecto se refletiram no comunicado conjunto, que não continha uma opinião clara sobre o investimento especulativo no mercado de matérias-primas, segundo a Kyodo. Os 11 países concluíram que deve ser realizada "uma análise mais exaustiva dos determinantes do mercado do petróleo" e que é preciso discutir mais sobre o tema na reunião de ministros de Finanças, que acontecerá sexta e sábado, em Osaka.

AGÊNCIA EFE
Everett Kennedy Brown, Agência EFE  / 

Ministros de Energia de Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Rússia definiram as bases da Sociedade Internacional para a Cooperação em Eficiência Energética
Foto:  Everett Kennedy Brown, Agência EFE


 
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