O Conselho Nacional Justicialista, principal órgão de decisão do partido governista da Argentina – também conhecido como peronista – apoiou nesta sexta-feira, dia 6, a forma como a presidente do país, Cristina Kirchner, está conduzindo o conflito com os produtores agropecuários, iniciado há quase três meses.

Nesta quinta-feira, dia 5, o marido de Cristina e ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, comandou a primeira reunião do Conselho Nacional do Partido Justicialista (PJ) desde que, em maio, assumiu a chefia da legenda.

Ao término do encontro, que reuniu todos os 75 membros do órgão, o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, disse que o Conselho Nacional do PJ decidiu "apoiar as medidas de Cristina Fernández", uma vez que têm como fim "melhorar e estabilizar a qualidade de vida dos argentinos".

Scioli também pediu que, para o bem da população, haja "uma atitude solidária" e "construtiva" que faça "as negociações avançarem".

Horas antes, a igreja católica solicitou ao governo que convoque urgentemente o campo para a retomada do diálogo. Além disso, requisitou aos produtores que revisem sua estratégia no protesto contra os impostos sobre as exportações.

– Pedimos encarecidamente ao governo que convoque com urgência um diálogo transparente e construtivo, e, aos setores em conflito, que revejam as estratégias de reivindicação – escreveu em um comunicado a Comissão Permanente do Episcopado argentino, que agrupa cerca de 20 bispos.

AGÊNCIA EFE