| 05/06/2008 19h59min
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira, durante entrevista em Porto Alegre, que o governo estuda a realização de um leilão específico para geração de energia eólica provavelmente em 2009, mas que poderá ser antecipado para este ano. O ministro não forneceu detalhes sobre a quantidade de energia que poderia ser incluída no leilão.
Segundo ele, há interessados em desenvolver projetos eólicos no Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Espírito Santo — e também em plataformas oceânicas.
Questionado sobre se o leilão contaria com incentivos, Lobão disse que a intenção não é essa, mas não afastou a possibilidade.
A realização de um leilão específico de energia eólica é uma reivindicação do Rio Grande do Sul, que tem interesse em atrair projetos no setor, como a duplicação do Parque Eólico de Osório, que tem capacidade instalada de 150 megawatts.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,
havia descartado a realização de novos leilões
com fontes alternativas enquanto os projetos já arrematados não fossem concluídos. Perguntado sobre a posição da ministra, Lobão disse que Dilma "tem uma posição de prudência, que eu respeito", sem especificar se o pré-requisito está mantido.
Argentina
Sobre a exportação de energia para a Argentina, que irá devolver uma parte e pagar pela outra, Lobão disse que não há nenhuma preocupação quanto ao cumprimento do acordo por parte do vizinho.
A transferência à Argentina começou em maio e o acordo entre os dois países prevê a devolução em energia após o inverno.
Gás
Em audiência com a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), Lobão recebeu um pedido para que a Petrobras instale no Estado uma unidade de gás natural liquefeito, que seria a terceira, após as unidades previstas para o Rio de Janeiro e Ceará.
Lobão prometeu
analisar os argumentos do Estado e dar uma resposta o mais rápido possível, sem detalhar prazos.
Santa Catarina também tem interesse em atrair a unidade da Petrobras. A Companhia de Gás do Rio Grande do Sul (Sulgás) elaborou estudo sobre o projeto, que considera a possibilidade de o combustível abastecer duas usinas termelétricas.
Duas possíveis localizações da unidade de GNL são consideradas: Tramandaí, litoral norte, ou Rio Grande, no sul.
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