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 | 04/06/2008 18h19min

Ibovespa cai 1,91% e fecha no menor nível desde abril

Essa foi a terceira queda consecutiva do índice

A Bovespa fechou nesta quarta-feira no menor patamar de pontuação desde 30 de abril, data da conquista do primeiro grau de investimento, nota dada pela agência de classificação de risco de crédito Standard & Poor’s.

A terceira queda consecutiva decorreu das mesmas justificativas de ontem: preços dos produtos básicos (commodities) em baixa, declínio das bolsas nos EUA e estrangeiros atuando fortemente na venda. As blue chips (ações de primeira linha) Vale e Petrobras, papéis preferidos desses investidores, foram alguns dos que mais sofreram.

A Bolsa doméstica trabalhou em queda durante toda a sessão, oscilando entre a máxima de 70.012 pontos (estabilidade) e a mínima de 68.465 pontos (-2,21%). No final da sessão, o índice cravou -1,91%, aos 68.673,1 pontos (em 30 de abril, registrou 67.868,5 pontos). Em junho, a Bovespa acumula perdas de 5,40% e, no ano, os ganhos diminuíram para +7,49%. O volume de hoje superou os dois anteriores e somou R$ 7,206 bilhões.

Em apenas três sessões, a Bovespa perdeu importantes suportes, recuando quase 4 mil pontos. E dependendo do que sair hoje do encontro da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, pode cair ainda mais. Isso porque a maioria dos investidores aposta num aumento de 0,50 ponto porcentual para a Selic, taxa básica de juros, para 12,25% ao ano.

Mas o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de maio divulgado hoje pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) aguçou as expectativas de que o BC pode ter a mão mais pesada e elevar a taxa em 0,75 ponto. Como esta aposta é minoritária, muitos investidores podem corrigir um pouco mais as carteiras se ela for a vitoriosa do encontro de hoje do Copom.

Os analistas, no entanto, ressalvam que a Bovespa continua com trajetória de alta em decorrência dos bons fundamentos econômicos e, também, com a perspectiva de entrada de recursos estrangeiros com as duas elevações da nota brasileira para grau de investimento.

As commodities continuaram fracas no exterior e pesando sobre as blue chips domésticas, embora os metais, novamente, não tenham mostrado comportamento uniforme. O petróleo caiu 1,62% na Bolsa Mercantil de Nova York, para US$ 122,30 por barril, apesar de os estoques semanais do produto nos EUA terem caído 4,802 milhões, ante previsão de alta de 600 mil. O que impediu que os preços passassem a subir foi o resultado de estoques de gasolina e de destilados, que tiveram incremento bem acima das previsões.

Petrobras PN recuou 4,57% (maior queda do Ibovespa), com giro de R$ 1,818 bilhão, quase três vezes o da segunda mais movimentada (R$ 613,2 milhões da Vale PNA). Petrobras ON perdeu 3,59%. Vale ON recuou 3,53% e Vale PNA cedeu 3,05%.

As bolsas norte-americanas também fecharam em baixa. A inversão - os índices abriram em alta - decorreu da grande probabilidade de os ratings de seguradoras de bônus serem rebaixados, com a notícia de que a agência Moody's colocou em revisão para rebaixamento os ratings da MBIA e Ambac.

Além disso, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, disse hoje ver “ecos dos anos 70 na combinação atual de preços elevados de commodities e alimentos e tendência de crescimento baixo”.

O índice Dow Jones recuou 0,10% e o S&P, 0,03%. Nasdaq subiu 0,91%, ajudado pela alta das ações do Yahoo! e da Microsoft, depois que o site de buscas anunciou medidas para tentar se proteger da ofensiva de Carl Icahn, o bilionário que luta para que o site aceite oferta de compra da Microsoft. Os indicadores bons divulgados hoje, entre eles a produção industrial, impediram uma queda maior do Dow Jones e do S&P.

Agência Estado
 
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