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 | 04/06/2008 06h17min

Rio Grande do Sul e Bahia disputam fábrica de plástico verde da Braskem

Empresa levará em conta a produção de álcool para definir Estado onde vai fabricar a nova resina

Para decidir se instala uma unidade de polietileno verde no Rio Grande do Sul ou na Bahia, a Braskem leva em conta a capacidade gaúcha de multiplicar a produção de álcool.

A falta de plantações de cana no Rio Grande do Sul é um dos aspectos que reduzem a competitividade na briga pelo investimento. Até o fim do mês, a companhia deve anunciar se o empreendimento fica no pólo de Triunfo (RS) ou de Camaçari (BA).

– Nem Rio Grande do Sul nem Bahia têm abastecimento suficiente de álcool hoje, mas acreditamos que os dois possam ter produção de 120 milhões de litros por ano em 2012 – afirmou nessa terça-feira, dia 3, Luiz Nitschke, responsável pelo projeto de polietileno verde da Braskem, em palestra na Sociedade de Engenharia gaúcha.

Para o executivo, a instalação de uma usina de álcool em São Luiz Gonzaga (RS) deve ser o propulsor do aumento da produção gaúcha, atualmente em torno de 10 milhões de litros de etanol por ano.

Produto terá preço superior ao do derivado de petróleo

O projeto, da empresa Norobios, prevê investimento próximo de R$ 320 milhões na área industrial e de campo, com plantio de cerca de 16 mil hectares de cana e capacidade de produção de 100 milhões de litros de álcool ao ano. A previsão é de que o empreendimento comece a funcionar entre 2010 e 2011.

– Já temos 150 hectares de muda de cana plantados. Estamos esperando incentivos fiscais para podermos tocar o projeto, além do zoneamento ambiental para plantio, que está previsto para julho – afirma Cláudio Morari, presidente da Norobios.

Feito a partir de cana-de-açúcar, em vez de petróleo, o polietileno verde é uma inovação no mercado de resinas plásticas. Até 2014, Nitschke acredita que a indústria química brasileira utilizará 2 bilhões de litros de bioetanol em projetos como o da Braskem, que iniciará a produção em escala comercial em 2010.

A nova resina começa a ser fabricada com custo inferior ao do derivado de petróleo e será colocado no mercado a um valor superior, de olho no consumidor que admite pagar mais por um produto menos nocivo ao ambiente. Se uma segunda unidade de eteno verde de 400 mil toneladas for aprovada, no futuro, o consumo da empresa poderá chegar a 1,5 bilhão de litros de etanol por ano.

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