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 | 30/05/2008 09h29min

Imprensa estrangeira aprova Minc em coletiva na Alemanha

Ministro do Meio Ambiente passou por seu primeiro teste internacional

Milena Schoeller, da Alemanha

Se depender da imprensa estrangeira, Carlos Minc passou no primeiro teste internacional como novo ministro do Meio Ambiente. Durante pouco mais de 30 minutos, ele conversou com jornalistas 9ª Conferência da Convenção da Diversidade Biológica em Bonn, na Alemanha, e anunciou medidas para combater o desmatamento na Amazônia. Com fala forte, contundente, mas bem-humorada, provocou risos de jornalistas e dirigentes de ONGs em cinco oportunidades. Repórteres do Canadá, Alemanha, EUA e Brasil participaram da coletiva:
 
- A Marina (Silva, ministra antes de Minc) era conhecida. Era uma defensora dos interesses do Brasil. Estou querendo saber como será o sucessor dela. Não sei nada sobre ele - admitia o jornalista norte-americano Daniel Pruzin, antes de ficar impressionado com o jeito forte de Minc falar.

O jornalista alemão Axel Weiss, da rádio SWR, também se surpreendeu:

- Ele tem um carisma, parece uma pessoa especial. Não é burocrático.

O ministro concedeu a entrevista em português e provocou risos ao usar gírias que dificultavam o trabalho dos tradutores – disse tostão em vez de dinheiro, por exemplo. Alem dos risos, tambem provocou aplausos de integrantes de ONGs ao anunciar medidas para a Amazônia.
 
Garantiu que, a partir de 1º de junho, não receberão crédito de bancos públicos ou privados empresas ou propriedades com sede na Amazônia que não estiverem regulares e não tiverem licença ambiental. Prometeu a implantação, em três meses, de um plano de prevenção de queimadas na floresta. Anunciou a criação de uma guarda florestal nacional. Afirmou que, a partir de 15 de junho, agropecuárias e madeireiras serão intimadas a entregar a lista de todos os seus fornecedores.
 
Minc ainda antecipou medidas que Lula deverá anunciar no próximo dia 5, Dia do Meio Ambiente: a criação de reservas ambientais na Amazônia e a criação do Fundo Nacional de Defesa da Amazônia.

Para o fundo, o governo da Noruega já prometeu US$ 100 milhões. Além disso, o governo brasileiro fará o repasse de R$ 1 bilhão para recomposição das reservas legais da Amazônia e R$ 136 milhões para povos e comunidades tradicionais da região.

Em um tom tranquilizador, o ministro ainda garantiu que vai levar adiante o mesmo projeto da ex-ministra Marina Silva.
 
Minc tambem tocou em um ponto polêmico: os biocombustiveis. Ele afirmou que é uma tecnologia limpa que está sendo colocada no banco dos réus. Disse que o Brasil nao se negará a discutir o impacto ambiental da producao pois "quem não deve, não teme". Ele anunciou que, até 2009, será implantado um Zoneamento Ecológico Econômico, com regras para a plantação de produtos para a fabricação de biodiesel e etanol.

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