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 | 29/05/2008 17h

Dólar comercial tem queda de 1,09% e fecha nesta quinta a R$ 1,637

Classificação de risco da Fitch, que elevou o Brasil para grau de investimento intensificou a queda da moeda

Atualizada às 18h24min

O dólar sustentou trajetória de queda ante o real durante toda a manhã desta quinta-feira, com as atenções voltadas, prioritariamente, para os fatores domésticos. O maior destaque até o meio da tarde foi a informação de que o Fundo Soberano do Brasil (FSB) seria formado por reais oriundos de um aumento do superávit primário (economia que o governo faz para pagamento de juros da dívida), sem interferir no mercado de câmbio.

Porém, no meio da tarde, a notícia de que a agência de classificação de risco norte-americana Fitch elevou a nota de risco de crédito (rating) do Brasil para grau de investimento passou o foco das atenções dos investidores e intensificou a queda do dólar.

Agora, das três maiores agências de classificação de risco do mundo, apenas a Moody's não avalia o Brasil como grau de investimento. No dia 30 de abril, a agência Standard & Poor's foi a primeira das três a elevar a nota do Brasil a grau de investimento.

No fim da sessão, o dólar comercial fechou em queda de 1,09%, cotado a R$ 1,637 no mercado interbancário de câmbio. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista recuou 1,03%, cotado a R$ 1,638, na taxa mínima do dia.

Ao anunciar a elevação do rating do Brasil para grau de investimento, a Fitch disse que "a elevação do rating reflete a melhora dramática das contas externas e do setor público do Brasil, que reduziu bastante a vulnerabilidade do país a choques externos e de câmbio e fortaleceram a estabilidade macroeconômica e melhoraram as perspectivas de crescimento para o médio prazo".

A taxa atual do dólar comercial é a menor desde o dia 20 de janeiro de 1999 (quando fechou a R$ 1,5735), ou seja, desde a época em que o país viveu uma crise cambial, que resultou em forte desvalorização do real. Entre os dias 12 e 29 daquele mês, a cotação do dólar saltou de R$ 1,21 para R$ 1,98, com o fim do regime de bandas cambiais. Desde então, o regime de câmbio no Brasil passou a ser flutuante.

Entrada de dólar no país

Para o ex-diretor do Banco Central  e chefe do departamento de economia da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, a decisão da Fitch deve aumentar a entrada de dólar no país.

— Na prática, essa será o efeito mais imediato. Vai aumentar a entrada de capital estrangeiro. O dólar vai ficar mais baixo do que se esperava — afirmou.

Agência Estado
 
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