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 | 26/05/2008 17h02min

Partido governista argentino se reunirá para analisar crise com campo

Casa Rosada rompeu o diálogo com os produtores ao suspender encontro programado para esta segunda-feira

O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner (2003-2007) convocou nesta segunda-feira, dia 26, uma reunião de cúpula do governante Partido Justicialista (peronista) para esta terça, quando será analisado o agravamento do conflito com o campo.

A decisão foi divulgada poucas horas depois de o governo ter rompido o diálogo com as patronais agropecuárias, ao suspender unilateralmente um encontro entre as partes programado para esta segunda.

Na reunião dos dirigentes do peronismo, a primeira organizada por Kirchner desde que se tornou líder do partido, será oferecido um "forte apoio" ao Executivo presidido por sua esposa, Cristina Fernández, anteciparam fontes partidárias.

Elas afirmaram que comparecerão à reunião os governadores das províncias de Buenos Aires, Entre Ríos, Chaco, Chubut e San Juan, além do chefe da maior central operária do país (CGT), Hugo Moyano, que integram o Conselho Nacional do Partido Justicialista.

Mais de dois meses de conflito

O conflito com o setor rural, que completa 75 dias, começou após a decisão do governo de fixar em março deste ano um esquema de impostos móveis à exportação de grãos que os produtores agropecuários qualificaram de "confisco".

O governo decidiu romper o diálogo com as patronais agropecuárias pelo que considerou uma "fenomenal agressão" do setor à posse da governante argentina, durante um protesto em massa realizado neste domingo.

O oficialismo acusou os dirigentes rurais de abrigar um ato opositor que reuniu aproximadamente 200 mil pessoas no centro do país e de impor condições inaceitáveis para negociar um fim ao conflito.

Após qualificar a postura do governo como "um enorme equívoco", dirigentes das quatro principais associações do campo devem se reunir nas próximas horas para definir se retomam seus protestos.

Desde março passado, os produtores rurais realizam sucessivas greves e bloqueios de estradas, que causaram desabastecimento e encarecimento de alimentos, medidas que foram suspensas na semana passada para negociar com o Executivo.

EFE
 
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