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 | 26/05/2008 11h26min

Ministros do G8 confirmam desejo de cortar emissões de CO2 até 2050

Acordo para reduzir gases pela metade deve ser impulsionado nos próximos meses

Os ministros de Meio Ambiente dos membros do Grupo dos Sete Países Mais Industrializados e a Rússia (G8) confirmaram hoje sua "firme vontade política" de impulsionar nos próximos meses um acordo dirigido a reduzir pela metade as emissões de gases que causam o efeito estufa até o ano de 2050.

Após uma reunião de três dias na cidade de Kobe (sudoeste do Japão), os representantes de França, Alemanha, Itália, Reino Unido, EUA, Canadá, Japão e Rússia pediram pela adoção de uma meta comum a longo prazo durante a cúpula do G8, em Hokkaido (norte do Japão), entre os dias 7 e 9 de julho.

Na cúpula do ano passado, em Heiligendamm (Alemanha), os líderes do G8 se comprometeram a "considerar seriamente" a possibilidade de reduzir pela metade as emissões de C02 até 2050.

O comunicado conjunto dos ministros do Meio Ambiente do G8 emitido hoje vai ainda mais longe.

– Foi demonstrada uma firme vontade política de ir para frente e chegar a um acordo comum sobre um objetivo global a longo prazo na cúpula do G8 em Hokkaido – afirma o comunicado conjunto.

No entanto, os ministros do Meio Ambiente não conseguiram chegar a um acordo concreto sobre o estabelecimento de uma cota de redução das emissões a médio prazo.

A este respeito, o comunicado fala de uma meta "efetiva", mas só especifica que as emissões devem chegar a "um teto para depois descer durante os próximos dez a vinte anos".

– Necessitamos de um objetivo a longo prazo mas, para os países desenvolvidos, é necessária também uma meta clara a médio prazo de redução do dióxido de carbono – disse, em entrevista coletiva, o secretário de Estado do Meio Ambiente alemão, Matthias Machnig.

Os EUA, reticentes a comprometer-se com cotas vinculativas de redução de suas emissões, estiveram dispostos durante a reunião a avançar na discussão, segundo disse Stephen Johnson, representante americano na cúpula.

No entanto, Washington acha difícil comprometer-se com objetivos a médio e longo prazo que não incluam alguns dos principais emissores da atualidade, como China e Índia.

Quanto às nações em desenvolvimento, os ministros assinalaram que é "especialmente crucial que os países que tenham um rápido crescimento de suas emissões lutem para reduzi-las".

Por sua parte, economias emergentes presentes na cúpula de Kobe na qualidade de convidadas, como Brasil e México, propuseram alternativas como a criação de um "Fundo Verde", e falaram sobre suas respectivas experiências no campo dos biocombustíveis.

Em seu comunicado, os ministros do G8 elogiaram a efetividade das políticas de bônus de carbono e incentivos fiscais, e encorajaram os países a utilizarem as ferramentas "de acordo com suas circunstâncias nacionais".

Os representantes do Meio Ambiente dos países do G8, que planejam voltar a reunir-se este ano e durante a primeira metade de 2009, decidiram continuar negociando até estabelecer um acordo para substituir o Protocolo de Kioto, que expira em 2012.

Os resultados da reunião ministerial de Kobe, no entanto, foram criticados por grupos ambientalistas como o WWF, que os considerou "insuficientes" para combater "a urgente ameaça representada pela mudança climática".

AGÊNCIA EFE
EFE / 

Acordo para reduzir gases pela metade deve ser impulsionado nos próximos meses
Foto:  EFE


 
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