Ao assumir a presidência pro tempore da União das Nações Sul-americanas, nesta sexta-feira, dia 23, a presidente do Chile, Michele Bachelet, ressaltou a necessidade da integração para o desenvolvimento do continente e para que ele tenha voz forte no cenário mundial.

– Queremos mostrar que a América Latina é capaz de ter uma voz firme e forte e de construir um processo de integração eficaz.

Ao se dizer comprometida a colocar todas as energias para a efetivação do tratado assinado em Brasília, ela destacou que os benefícios da Unasul para as populações sul-americanas serão percebidos de acordo com o comprometimento dos governos.

– A capacidade da Unasul, de beneficiar nossos povos vai depender do compromisso e da real vontade dos governos de chegarem a acordos sobre posições que nos permitam seguir avançando – disse Michele Bachelet.

A presidente do Chile defendeu que a integração entre os países da América do Sul passa por setores estratégicos, como ciência e tecnologia, energia, infra-estrutura, economia, políticas sociais, cultura e educação.

Sobre a formação do Conselho de Defesa Sul-americano, proposta pelo Brasil, Michele Bachelet elogiou a iniciativa e sugeriu que seja formado um grupo de trabalho para definir um projeto que seja aceitável por todos os países.

Na condição de anfitrião da cerimônia, no Centro de Convenções de Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que, com o tratado que cria a Unasul, o continente conquista o status de ator global. Na avaliação dele, pouco a pouco, está sendo superada a inércia que impediu a integração entre as nações sul-americanas.