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 | 22/05/2008 15h20min

Hectare de terra agricultável no Brasil deverá manter valorização ao longo do ano

Segundo a AgraFNP, o valor médio é de R$ 4,1 mil

As terras agricultáveis no Brasil vão manter a trajetória de valorização ao longo do ano. Foi o que disse Jacqueline Bierhals, consultora da AgraFNP, em entrevista ao Mercado e Companhia, nesta quinta-feira, dia 22.

De acordo com o último levantamento da AgraFNP, referente aos meses de março e abril, o preço médio por hectare está em pouco mais de R$ 4,1 mil, uma valorização de 16,3% em 12 meses. Na comparação com os 36 meses anteriores, a alta é de 35,2%.

A consultoria destacou a intensa participação de investidores estrangeiros no mercado, que deve se acentuar ainda mais depois que a agência americana Standard and Poor’s elevou a nota da economia brasileira para o chamado Grau de Investimento.

- A grande liquidez desse mercado tem vindo dos investidores estrangeiros. O produtor brasileiro ainda sofre reflexos de crises que passou e ainda está pouco capitalizado para investir em terras – constatou Jacqueline.

Segundo a analista da AgraFNP, o que pode limitar a presença estrangeira no mercado de terras brasileiras é uma eventual mudança na legislação.

Ela acrescentou a procura por terras está relacionada aos mais diversos interesses, desde os que considera “mais agressivos”, relacionados à exploração de atividades agrícolas, passando pela simples especulação imobiliária, até os mais conservacionistas, para cumprir obrigações sociais.

Jacqueline Bierhals destacou que os debates em torno da preservação da Floresta Amazônica têm influenciado na procura por terras na região.

- As terras destinadas à agricultura e à pecuária, dependendo da localização, o mercado deu uma boa parada com a divulgação da lista das cidades que mais desmataram. Quando o intuito são projetos conservacionistas, ambientais o mercado tem mais dinâmica.

Jacqueline explicou também que, em algumas áreas, houve certa desvalorização, que considera pontual. Um exemplo é a região de Catalão, em Goiás, onde o mercado pouco se movimentou apesar da vocação agrícola da região. Outras são áreas de mata em Mato Grosso, onde houve redução de procura em função de questões ambientais.

Outro mercado que diminuiu o ritmo foi o de terras para a produção de cana-de-açúcar, especialmente em São Paulo, explicou a especialista da AgraFNP. Segundo Jacqueline Bierhals, como a produção tem atendido bem a demanda, os preços tem caído e desestimulado investimentos.

- A cana não está remunerando, então o interesse de compra diminuiu. E como as terras em São Paulo são caras, o dono dela não quer vender por um preço muito baixo. O que a gente percebe é uma falta de interesse da ponta compradora e vendedora.

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