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 | 19/05/2008 14h58min

Consórcio liderado por europeus vence leilão da usina de Jirau

Oferta foi R$ 71,40/MWh, R$ 20 a menos do que o teto

Atualizada às 15h13min

O consórcio Energia Sustentável do Brasil, comandado pela multinacional franco-belga Suez, venceu nesta tarde o leilão da hidrelétrica de Jirau, que será construída no Rio Madeira. A proposta do grupo foi de R$ 71,40 por megawatt-hora (Mwh), um deságio de 21,6% sobre o preço-teto estabelecido para a licitação, de R$ 91 por MWh. Em 2016, data de sua conclusão, a hidrelétrica terá capacidade para abastecer 9,8 milhões de casas.

O leilão teve duração de sete minutos apenas. Não foi necessária a realização da segunda fase, já que a diferença de tarifa entre a oferta vencedora e a segunda oferta foi de mais de 5%.

A segunda oferta foi feita pelo consórcio Jirau, formado por Odebrecht Investimentos em Infra-Estrutura (com participação de 17,6%), Construtora Norberto Odebrecht (1%), Andrade Gutierrez (12,4%), Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig, 10%), Furnas Centrais Elétricas (39%) e Fundo de Investimentos Amazônia Energia II, formado pelos bancos Banif e Santander (20%).

O consórcio Energia Sustentável do Brasil ainda é formado por Camargo Corrêa (9,9%), Eletrosul (20%) e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf, 20%).

Mercado livre receberá 30% da energia

O vencedor decidiu destinar 30% da energia da usina ao mercado livre. Esse é o percentual máximo que poderia ser destinado a esse segmento. Com base nessa divisão da energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), aplicou um fator redutor no cálculo da tarifa, que será cobrado pelo mercado cativo, formado pelas distribuidoras de energia. Assim, a tarifa que será efetivamente cobrada na venda da energia para distribuidoras cairá de R$ 71,40 — o preço da oferta vencedora — para R$ 71,37.

Em comunicado distribuído nesta tarde, simultaneamente ao anúncio do vencedor, o grupo Suez informa que tentará antecipar o início das operações da usina de 2013 para março de 2012. "A meta é iniciar a construção o mais rápido possível, logo após a emissão da licença de instalação", diz a nota.

O comunicado também informa que, devido a otimizações feitas pelo consórcio em relação ao projeto original, será possível reduzir em R$ 1 bilhão o custo da obra civil. A estimativa do governo é de que a construção de Jirau custará R$ 8,7 bilhões.

A Suez também relata que os sócios do consórcio já subscrevam R$ 2,5 bilhões com o capital na sociedade e o restante será viabilizado por meio de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Agência Estado
 
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