Com a classificação da canoagem de velocidade e de lutas no último final de semana, o Brasil superou o recorde de modalidades levadas em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos. O país levará representantes em 28 modalidades, superando o antigo recorde dos Jogos de Atenas 2004, quando o Brasil competiu em 26 esportes.

Além da canoagem e das lutas, mais oito atletas brasileiros alcançaram índices olímpicos no GP Rio de Atletismo, realizados no Rio de Janeiro no final de semana. Assim, a delegação brasileira já chega a 233 atletas classificados para o maior evento esportivo do mundo, que ocorre entre os dias 8 e 24 de agosto.

Seis deles irão estrear em Olimpíadas: Sandro Viana (200m), Zenaide Vieira (3000m com obstáculos), Anselmo Gomes da Silva (110m com barreiras), Fabiano Peçanha (800m), Erivaldo Vieira (salto em distância) e Rosângela Cristina (100m rasos). No salto triplo, Jadel Gregório confirmou o índice A, o mesmo feito atingido por Maurren Maggi no salto em distância.

Classificações históricas na canoagem e na luta

Na canoagem de velocidade, a inédita vaga na prova C1 500m foi obtida também no domingo com o segundo lugar de Nivalter Santos no Campeonato Pan-Americano disputado em Montreal, no Canadá. Esta será a primeira vez na história que o Brasil terá atleta na prova de canoa dos Jogos Olímpicos.

Outra classificação histórica para o Brasil foi a de lutas. Pela primeira vez, uma mulher representará o país na modalidade. O feito foi conquistado no último sábado por Rosângela Conceição, que chegou à final da categoria até 72kg no Torneio Pré-Olímpico disputado em Edmonton, no Canadá.

Para chegar a Pequim, Rosângela, que disputou os Jogos de Atlanta 1996 pelo judô, venceu três adversárias, inclusive a francesa Bokhashvili Prieto, atual campeã mundial. Na final, ela foi derrotada pela polonesa Agnieszka Wieszczek. Rosângela já havia sido a primeira lutadora brasileira na história dos Jogos Pan-Americanos, competição na qual conquistou a medalha de bronze no Rio de Janeiro, em 2007.

O recorde da delegação brasileira ainda pode aumentar. Atletas do país ainda buscam vagas em Pequim no badminton, basquete, ciclismo BMX, tênis e triatlo. Por outro lado, o país não tem mais chances de levar representantes no beisebol, canoagem slalom, ciclismo de pista, ginástica de trampolim, hóquei sobre a grama (masculino e feminino), pólo aquático (masculino e feminino) e softbol.