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 | 15/05/2008 10h21min

Dólar abre em baixa de 0,15% a R$ 1,661 na BM&F

Na quarta-feira, moeda americana à vista fechou em alta de 0,45%, a R$ 1,6635

O dólar à vista abriu em baixa de 0,15% nesta quinta-feira, cotado a R$ 1,661 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Instantes após a abertura, às 9h29min (de Brasília), a moeda americana ampliava a baixa e era cotada a R$ 1,6608 (-0,16%), na taxa mínima do dia até este horário. Ontem, o dólar à vista fechou em alta de 0,45%, a R$ 1,6635.

Três pontos domésticos vão calibrar os movimentos do câmbio hoje: mais um dado de inflação salgado; o impacto que a desoneração de tributos sobre o trigo e derivados poderá ter nas expectativas de inflação e ainda a discussão sobre como será o operacional para a formação do Fundo Soberano do Brasil. As ondas do ambiente externo, por ora, são calmas antes da divulgação de uma série de indicadores econômicos dos Estados Unidos programados para o dia.

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) subiu 1,52% em maio ante 0,45% em abril, informou hoje cedo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foi a maior taxa registrada pelo indicador desde dezembro do ano passado.

O dado é retrovisor. Mas, como disse o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, esta semana, o que importa é o que é visto pelo pára-brisa frontal. E tentando atenuar altas futuras, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem a suspensão, até o fim do ano, da cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o pão francês, o trigo e a farinha de trigo.

O objetivo é conter a alta do preço desses produtos. Também ficará suspensa até o fim de 2008 a cobrança do Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante nas importações de trigo. E será prorrogado até o dia 31 de agosto deste ano o prazo de importação do trigo in natura com tarifa zero, medida aprovada pela Câmara de Comércio Exterior.

Se as avaliações iniciais sobre o mecanismo de financiamento do Fundo Soberano do Brasil indicaram que o governo não estava dando uma contribuição muito consistente para conter a inflação, essa renúncia tributária representa um contraponto. A desoneração segue uma outra medida adotada em relação ao arroz, cujo preço também subiu nos últimos meses. Anteriormente, o governo decidiu não exportar parte dos estoques públicos de arroz que são gerenciados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para conter preços.

Essas contribuições podem mitigar a dose de aperto monetário, mas as contas ainda precisam ser feitas. No entanto, as altas de preços não estão localizadas só no trigo e no arroz.

Cenário externo

No exterior, o euro é negociado em alta, ajudado pelo crescimento acima das expectativas das economias alemã e francesa no primeiro trimestre deste ano, embora a alta fosse limitada pelo comportamento sem ímpeto das bolsas da região, que digerem balanços decepcionantes do banco francês Credit Agricole e anúncio de baixas contábeis pelo britânico Barclays.

Já nos Estados Unidos, vários indicadores importantes serão divulgados hoje. Os principais são a produção industrial de abril, com anúncio às 10h15 (de Brasília), e o índice de atividade do Federal Reserve de Filadélfia referente a maio, às 11 horas. Há também o índice de atividade de maio do Fed de Nova York e o número de pedidos de auxílio-desemprego feitos na semana passada (9h30); o fluxo internacional de capitais em março (10h) e o índice de atividade da Associação Nacional das Construtoras de Casas (14h).

Agência Estado
 
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