O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta segunda-feira, dia 12, que o Brasil não meça esforços para aumentar a competitividade da produção. Foi durante o lançamento da Política de Desenvolvimento Industrial, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Nas previsões do presidente, o programa de incentivos dará a sustentação ao um longo ciclo de investimentos no país. Luiz Inácio Lula da Silva informou que se reunirá com representantes do setor produtivo para tratar da aplicação das medidas.

- Temos desafios e decisões importantes a tomar se queremos dar esse salto de qualidade que precisamos no Brasil.

Na avaliação dele, o país viveu, nos últimos 25 anos, tempos de incerteza, período em que foram aprendidas, segundo ele, diversas lições. Ao falar do que chama de novo momento, disse que o Brasil quer responder ao desafio de garantir crescimento sustentável dentro de uma economia global competitiva e aberta e que investir, inovar e exportar serão as metas do Brasil.

- São metas claras e factíveis organizadas em programas com um sistema de gestão que busca a eficácia e a prestação de contas, baseadas na compreensão das transformações no cenário mundial.

Há um cenário propício para estimular investimentos, na opinião do presidente. De um lado, um mercado interno em expansão e externo altamente interessado nos produtos da pauta brasileira de exportações. De outro, o das empresas, há crescimento dos empregos e lucratividade. Lula mencionou que o mundo passa por mudanças na política e na economia.

- Estamos assistindo à emergência de novos mercados e o começo do fim do crescimento global puxado pela demanda do consumidor norte-americano. Cresce, em contrapartida, a importância das maiores economias dos países em desenvolvimento.

Ele advertiu que o Brasil tem fortes concorrentes e defendeu um amplo debate público na defesa dos interesses do país. Disse ainda que as negociações internacionais precisam ser retomadas e que o Brasil tem mostrado como as atuais regras são prejudiciais.

- Só beneficiam os países desenvolvidos, que continuam com enormes subsídios e com protecionismo para a agricultura.

Continuidade e agilidade

Ressaltando as presenças de diversos governadores, Lula disse que a política industrial não é um programa do governo dele e deve ter continuidade.

- Por isso, eu acho extremamente importante a presença de vocês aqui para que este programa não seja um corpo estranho na vida de quem governa estados importantes.

Lula cobrou agilidade do Legislativo na aprovação de partes da política industrial que, segundo ele, terão de ser enviadas na forma de Medida Provisória.

- Senão elas não entrarão em vigor rapidamente e podemos ter retrocesso ou atraso. Certamente vamos contar com a compreensão de senadores e deputados.

CANAL RURAL