Os aumentos nos preços do tomate para mesa (20,21%), do trigo (14,14%), das carnes bovina (3,01%) e de frango (5,76%) e dos leites B (5,19%) e C (8,24%) impediram que os preços agrícolas caíssem mais no Estado de São Paulo em abril.

Segundo o Instituto de Economia Agrícola de São Paulo (IEA), o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) encerrou o mês em queda de 0,65%. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) tiveram baixa de 1,21%, enquanto os de origem animal (IqPR-A) subiram 0,74%.

Também os preços da batata e do amendoim estiveram entre as maiores altas, com 27,81% e 7,75%, respectivamente. A cotação da batata continua em recuperação, pois no período anterior apresentava preço menor em virtude da qualidade inferior do produto.

A alta no preço do tomate de mesa reflete a baixa oferta do produto, que está no final da safra de verão e vem pressionando fortemente a cotação.
Outro fator que contribui para o aumento foi a elevação no custo de produção. Para os leites, os aumentos nos preços refletem o maior custo de produção e também o ligeiro aquecimento no consumo.

As maiores quedas foram verificadas nos preços da laranja para mesa (30,83%), dos ovos (22,34%), da soja (6,53%) e da carne suína (4,87%).

Para a laranja de mesa, a entrada no mercado de variedades precoces e de tangerinas com preços mais atraentes ao consumidor, associada à retração do consumo, devido aos altos preços praticados nas semanas anteriores, foi responsável pelo recuo nas cotações. Já o preço dos ovos continua em queda em virtude da retração do consumo, já que os consumidores consideraram altos os seus preços.