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 | 08/05/2008 11h58min

Medidas para frear entrada de dólares são ineficazes com real atrativo, diz economista

Para Jason Vieira, exportação precisa ser desonerada e exportador, se proteger

O ano de 2009 pode ser perdido para os exportadores brasileiros. É o que avalia o economista-chefe da Uptrend Investimentos, Jason Vieira. Até agora, o dólar desvalorizado não prejudicou as vendas externas, mas, segundo o economista, mas não há garantias de que esse movimento continue.

A taxa de câmbio chama ainda mais atenção depois da obtenção do chamado grau de investimento, avaliação da economia brasileira feita pela agência Standard and Poor’s. O motivo da apreensão é a possibilidade de aumento no fluxo de dólares no mercado nacional, o que pode pressionar as cotações para baixo.

Em entrevista ao Agribusiness Online, nesta quinta-feira, dia 8, Jason Vieira analisou a situação com cautela. Segundo ele, é preciso aguardar o posicionamento de outras agências de risco.

- Com uma agência dando grau de investimento, não significa que o fluxo vai aumentar significativamente. Talvez aumente nas bolsas de valores por conta de investimentos estrangeiros já localizados aqui, mas é preciso outra agência dar o grau de investimento.

Segundo Jason Vieira, a linha de ação do governo deveria ser mais focada na relação de oferta e demanda do que na questão cambial.

- Não adianta ter medidas para reduzir o fluxo de dólares no país se aumentar a atratividade do real. Se aumenta a taxa de juros, automaticamente faz cair o dólar. Se consegue trabalhar com outras medidas além dos juros, dá para reter de forma mais concreta a demanda e evitar a inflação.

Proteção sempre

Jason Vieira, os exportadores devem ter paciência e procurar ajuda especializada para saber o momento certo de trabalhar com a taxa de câmbio ou buscar no mercado ferramentas de proteção nas operações de compra e venda.

- Não se desespere quando o dólar tiver caindo de mais e não se anime, achando de com o dólar subindo não deve mais se proteger. Tem de proteger sempre. O custo compensa.

Como, de acordo com o economista, esse maior fluxo de dólares para o Brasil é natural, é preciso desonerar um pouco mais o setor exportador para compensar perdas.

- Faz quatro anos que ouvimos que haverá desoneração. Algumas ocorreram, outras com pouco impacto, outras importantes não ocorreram. O importante é que saia da teoria e vá para a prática.

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